"Já transmiti ao primeiro-ministro [Alexis] Tsipras a disponibilidade e a solidariedade portuguesas e as condolências ao povo grego e às famílias enlutadas", escreveu António Costa, numa nota publicada na rede social Twitter.

Por seu turno, de acordo com uma nota publicada no portal da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa "falou longamente ao telefone" com o Presidente Pavlopoulos, "expressando as mais sentidas condolências aos familiares das vítimas mortais, bem como votos de rápidas melhoras a todos os feridos".

"Transmitiu ainda a sua profunda e fraterna solidariedade para com o povo grego, lembrando a tragédia do mesmo tipo que também vivemos em Portugal no ano passado", lê-se no texto.

O chefe de Estado português falou com o seu homólogo "à luz das consequências terrivelmente trágicas decorrentes dos fortes incêndios que têm lavrado na Grécia, com dezenas de vítimas mortais e mais de uma centena de feridos", é referido na nota da Presidência da República.

Os fogos na Grécia já provocaram pelo menos 60 mortos e 172 feridos, alguns em estado crítico, de acordo com os últimos dados da Proteção Civil grega.

O Governo de Alexis Tsipras pediu ajuda internacional na noite de segunda-feira, tendo já alguns países respondido com meios de apoio. Portugal vai enviar 50 elementos da Força Especial de Bombeiros (FEB) para ajudar a combater os incêndios na Grécia, anunciou hoje o ministro da Administração Interna.

Marcelo Rebelo de Sousa realizou uma visita de Estado à Grécia em março deste ano, a convite do seu homólogo grego.

O chefe de Estado português enviou também mensagens de solidariedade ao rei da Suécia e ao rei da Noruega, na sequência dos incêndios naqueles países, divulgou a Presidência da República, noutra nota publicada hoje.

O Presidente da República "sublinhou igualmente a participação portuguesa no mecanismo europeu de proteção civil, no âmbito do qual meios aéreos nacionais foram postos à disposição para combate aos incêndios na Suécia", lê-se nessa nota.

A Proteção Civil sueca anunciou na segunda-feira que há 27 fogos ativos por todo o país, quatro fora de controlo. Em certas regiões, não chove há já três meses, segundo as autoridades.

O risco de incêndio é "extremo" no país, principalmente no sul, onde se espera que os termómetros atinjam os 35 graus nos próximos dias, sem previsão de chuva.

Mal equipada para o combate de incêndios desta magnitude, a Suécia pediu ajuda ao Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia. Oito Estados-membros – Espanha, França, Alemanha, Itália, Portugal, Lituânia, Dinamarca, Polónia e Áustria – responderam ao pedido de socorro lançado por Estocolmo e enviaram sete aviões Canadair, sete helicópteros e 340 bombeiros com 60 veículos.

Portugal enviou dois aviões para a Suécia e a Força Aérea Portuguesa disponibilizou também um voo de apoio (C295), que transportará cerca de 700 quilos de equipamentos para apoio à operação dos meios aéreos.

A Suécia já pediu assistência a Bruxelas por duas vezes este verão para fazer face aos incêndios, que já queimaram mais de 20 mil hectares.


Notícia atualizada às 12:51. Adiciona as condolências de Marcelo Rebelo de Sousa ao presidente da Grécia, Prokopios Pavlopoulos.