"Há aqui uma luta que não só se compreende como tem toda a razão de ser. Isso não invalida, do nosso ponto de vista, a necessidade de diálogo e negociação. O voto que fazemos é o de que sejam encontradas respostas para estas legítimas reivindicações dos enfermeiros", disse Jerónimo de Sousa.
O secretário-geral do PCP falava aos jornalistas à margem de uma ação de pré-campanha autárquica, em Algés, no concelho de Oeiras, ladeado pela cabeça de lista da Coligação Democrática Unitária (CDU) e líder parlamentar do partido ecologista “Os Verdes”, Heloísa Apolónia.
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, vai reunir-se ainda hoje com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).
Esta madrugada, a adesão à greve dos enfermeiros foi de 86% no primeiro turno, segundo o sindicalista José de Azevedo, que disse esperar que o número venha a subir ao longo do dia.
A greve, marcada Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem (SIPE) e pelo Sindicato dos Enfermeiros, é um protesto contra a recusa do Ministério da Saúde em aceitar a proposta de atualização gradual dos salários e de integração da categoria de especialista na carreira, que começou às 00:00 de segunda-feira e decorre até às 24:00 de sexta-feira.
Jerónimo de Sousa realçou ainda a "justeza, o fundamento e as razões de lutar por direitos que tinham sido sonegados por parte do Governo anterior e do outro também", sublinhando que os "profissionais do setor da saúde lutam pelos seus direitos, mas também pelo Serviço Nacional de Saúde e os direitos dos utentes", tal como o PCP, o qual sempre se bateu pelas 35 horas semanais, pagamento de horas extraordinárias e valorização do trabalho qualificado na saúde.
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