“Neste primeiro dia, só uma das 11 salas de cirurgias programadas do São João está a funcionar”, disse aos jornalistas a dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses Fátima Monteiro, que considerou ser este um impacto superior ao registado nas consultas externas do mesmo hospital, outros dos serviços mais afetados.
A sindicalista assinalou que 85% dos 2.500 enfermeiros do São João, o maior hospital central da região Norte, pararam neste primeiro dia de greve e manifestou-se convicta de que a adesão vai subir na quinta-feira.
Contactada pela agência Lusa, fonte do Hospital de São João disse que não se pronuncia sobre a greve e os seus efeitos na unidade.
Os sindicatos dos enfermeiros deram início hoje a dois dias de greve nacional que visa pressionar o Governo a apresentar uma contraproposta ao diploma da carreira de enfermagem.
A “principal reivindicação” prende-se com a exigência ao Governo de uma proposta de carreira que respeite “os compromissos assumidos e assinados no protocolo negocial”, referiu.
“O Governo pondera apresentar uma nova proposta, mas a verdade é que, até agora, isso não aconteceu”, salientou à agência Lusa a dirigente do SEP (Sindicato dos Enfermeiros Portugueses) Guadalupe Simões.
No mesmo registo, a dirigente Fátima Monteiro disse que "o que Governo apresentou até agora não é uma contraproposta, é antes [um contributo para] a desvalorização da carreira”.
Convocada por todos os sindicatos de enfermeiros (SEP, Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem, Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal, Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros e o SERAM), a greve visa ainda exigir a “justa e correta” contagem dos pontos para efeito do descongelamento das progressões na carreira, a todos os enfermeiros, independentemente do vínculo.
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