“Esta reunião foi para avaliação do ponto de situação sobre o estado da profissão de enfermagem e não uma negociação de carreiras e a expectativa é que, no início do novo ano, haja condições para aprofundar esta negociação”, disse a ministra da Saúde no final do encontro.

Marta Temido explicou que, neste momento, não estão convocadas greves para os primeiros dias do ano, por parte das estruturas sindicais e, portanto, o objetivo do Governo será aproximar-se das reivindicações dos profissionais.

“Temos que dar passos no sentido de nos aproximar, é isso que vamos fazer em janeiro, mas têm de ser passos com algumas linhas vermelhas e toda a sociedade tem de perceber por que é que elas existem”, sublinhou.

Marta Temido disse querer acreditar que “esses passos sejam suficientes para um consenso com os sindicatos”.

Contudo, nem todos os sindicatos acreditam poder chegar a acordo em janeiro.

No final da reunião, Lúcia Leite, da Associação Sindical Portuguesa de Enfermeiros (ASPE), um dos dois sindicatos que convocou a greve nos blocos operatórios de cinco centros hospitalares do país, disse que a greve de 45 dias marcada para janeiro se vai manter.

Segundo Lúcia Leite, o encontro de hoje foi “uma tentativa de sensibilização dos sindicatos para pararem a greve”, mas, afirmou, “não vamos parar”.