“O que eu espero é que entre Governo e sindicatos se encontre uma posição entre aquilo que é impossível e aquilo que se pode considerar possível prolongando no tempo”, afirmou Rui Rio, questionado sobre as pretensões dos professores que estiveram na base da greve nacional hoje, à margem de uma visita ao bairro da Cova da Moura (Amadora).
Para o candidato à liderança do PSD, “se houver equilíbrio e bom senso” a questão pode resolver-se, mas lamentou que tenha sido necessária a paralisação.
“O que eu gostaria é que não tivesse de haver greves para haver esse diálogo e esse equilíbrio”, defendeu.
Questionado se considera mais justas as pretensões dos professores, que pedem a contagem de todo o tempo de serviço em que as carreiras estiveram congeladas, ou a posição do Governo, de que não há condições orçamentais para o fazer de imediato, Rio respondeu: “Eu acho que haver um descongelamento completo do que está para trás neste momento, nem uma nem outra parte reclamam. É de bom senso, temos de ter bom senso”.
Os professores realizaram hoje uma greve geral e uma concentração em frente ao parlamento, no dia em que foi debatida a proposta do Orçamento do Estado (OE2018) na especialidade.
A proposta de OE2018 prevê que não seja contabilizado o trabalho realizado entre 31 de agosto de 2005 e 31 de dezembro de 2007, nem entre janeiro de 2011 e 31 de dezembro de 2018.
Esta madrugada, no final da reunião da Comissão Política Nacional do PS, o secretário-geral do PS, António Costa, afirmou que o cronómetro da carreira dos professores vai voltar a contar para efeitos de progressão, mas salientou que a reposição imediata e total dos anos de congelamento custaria 650 milhões de euros.
Hoje, no parlamento, a secretária de Estado Adjunta e da Educação prometeu que vai ser feita “uma contagem do tempo de serviço” dos professores de forma faseada, que será negociada com os sindicatos, num diálogo que será retomado na quinta-feira.
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