“Sabemos que a crise sanitária nos impôs restrições por razões de saúde pública, mas nas nossas vidas não existe tempo, nem lugar de espera, porque as violências, discriminações e desigualdades múltiplas já existentes, se multiplicaram e aprofundaram”, justifica a plataforma em comunicado enviado à Lusa.

Considerando que é “imprescindível a ocupação de espaço público”, a plataforma vai realizar às 16:30 do dia 08 de março uma emissão em direto no canal Greve Feminista PT, desde a Praça Luís de Camões, em Lisboa e Praça do Marquês, no Porto.

Os participantes podem acompanhar ‘online’ a partir das redes sociais e do sítio da plataforma, que divulgará um “Kit Manifestação”, para que todas as pessoas possam participar ativamente na Greve Feminista da maneira que desejarem.

“Tirar uma foto com um cartaz, sentadas no sofá, colocar algo à janela, ligar umas colunas ao computador para transmitir a nossa emissão live para toda a vizinhança, cantar, dançar” são alguns dos exemplos dados sob o mote que as manifestações não têm só uma forma e não são estanques, havendo espaço para a performatividade e criatividade.

A Greve Feminista Internacional apela à partilha de fotos e vídeos nas redes, identificando a página e utilizando os ‘hashtags’ #grevefeminista2021 e #8marco2021.

A plataforma Greve Feminista Internacional sublinha que a crise sanitária, social e económica tem um impacto mais expressivo na vida das mulheres.

“As diferentes jornadas de trabalho que a maioria das mulheres acumula, passaram da acumulação à sobreposição, tendo o trabalho assalariado, o trabalho doméstico e dos cuidados acontecido, muitas vezes, ao mesmo tempo”, esclarece o comunicado.

Esta greve tem como objetivo colocar a vida no centro, “reclamando a valorização do trabalho de cuidados e doméstico - trabalho este desvalorizado aos olhos da sociedade, executado maioritariamente por mulheres (90%), mas imprescindível para a sobrevivência de todas e todos nós”.

O movimento defende uma sociedade livre de opressões, que garanta direitos, igualdade, equidade e justiça social a todas as mulheres.

“Reivindicamos a plena aceitação da diversidade humana, a autodeterminação, o direito sobre os nossos corpos e direito ao prazer, o acesso à saúde sexual e reprodutiva, o reconhecimento do trabalho informal e de cuidados, o fim da precariedade à qual nos submetem constantemente”, sintetiza.

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