Greve nos comboios marca arranque do ano e prolonga-se até 6 de janeiro

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As paralisações começaram no dia 23 e vão prolongar-se, pelo menos, até ao final desta semana. CP prevê perturbações com “especial impacto” entre 3 e 6 de janeiro.
Greve nos comboios marca arranque do ano e prolonga-se até 6 de janeiro
ANTÓNIO COTRIM/LUSA

A greve dos trabalhadores da CP – Comboios de Portugal e da Infraestruturas de Portugal (IP) teve início no dia 23 de dezembro e termina só 23:59 do dia 02 de janeiro de 2023, data em que se inicia uma nova paralisação, convocada pelo Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ).

Uma plataforma de vários sindicatos que representam os trabalhadores da CP e da IP convocou uma greve de 24 horas para os dias 23 e 26 de dezembro, e ainda uma “greve dos trabalhadores ao trabalho suplementar, incluindo feriados e dias de descanso semanal", com início às 00:00 do dia 23 e fim às 23:59 do dia 02 de janeiro de 2023.

A greve foi convocada por uma plataforma de vários sindicatos que representam os trabalhadores das duas empresas só ontem, dia  1 de janeiro, suprimiu pelo menos 320 comboios dos 419 que estavam programados, entre as 00:00 e as 16:00.

Na origem desta paralisação está a exigência de um prémio financeiro que compense a perda do poder de compra verificado no ano 2022, a atualização do subsídio de alimentação e o fim da “discriminação entre trabalhadores”.

No entanto, já a partir de amanhã, a CP antecipa perturbações à circulação entre o final de 03 de janeiro e o início de 06 de janeiro, devido à greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ).

Os trabalhadores vão exercer o direito de greve ao trabalho extraordinário e em dia de descanso entre as 00:00 de 03 de janeiro e as 23:59 de 08 de janeiro, sendo que entre as 00:00 de 04 de janeiro e as 23:59 de 05 de janeiro os trabalhadores das categorias representadas pelo SMAQ encontram-se em greve à prestação de todo e qualquer trabalho, destacou o SMAQ numa nota no seu 'site'.

A CP explicou, em comunicado, que prevê perturbações à circulação com “especial impacto” entre o final de 03 de janeiro e o início de 06 de janeiro.

Para os dias 04 e 05 de janeiro foram definidos serviços mínimos, que podem ser consultados no 'site' da empresa, para serviços Alfa Pendular e Intercidades; Regional, InterRegional e Internacional; Comboios Urbanos do Porto e de Coimbra e Comboios Urbanos de Lisboa, destacou ainda.

A CP permitirá o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional, ou “a sua revalidação gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe”.

“O reembolso pode ser solicitado nas bilheteiras e em cp.pt através do preenchimento do formulário ‘online’, com o envio da digitalização do original do bilhete e indicação de Nome, Morada postal, IBAN e NIF, até dez dias após terminada a greve”, destaca a empresa na nota de imprensa.

“A revalidação gratuita pode ser feita nas bilheteiras e em myCP na área “Os seus bilhetes” (para bilhetes adquiridos na bilheteira online e App CP) até aos 30 minutos que antecedem a partida do comboio da estação de origem do cliente”, acrescentou.

De acordo com a nota no ‘site’ do SMAQ, a greve foi marcada pela “falta de respostas” da CP e da tutela e pela “gritante ausência de uma proposta de atualização salarial que cubra a inflação registada em 2022”.

“E ainda [pela] incapacidade para resolver os problemas que nos afetam, desde as instalações sociais degradadas, passando pela desgastante morosidade na recuperação das cabines de condução da totalidade do material motor, à falta de condições de segurança em alguns locais de resguardo e estacionamento do material circulante, até à solução das situações mais penosas nas escalas, que carecem de respostas imediatas”, pode ler-se.

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