De acordo com José Manuel Oliveira, coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), que falava à agência Lusa na estação de comboios de Santa Apolónia, em Lisboa, a adesão à greve por parte dos trabalhadores “é muito significativa”.

“Basta olharmos para o exemplo que temos aqui [Santa Apolónia]. Os comboios estão todos suprimidos até cerca das 09:30. Se houve dois ou três comboios desde a meia-noite são a exceção. A adesão à greve é muito grande”, afirmou o responsável.

Segundo a Fectrans, o documento entregue na terça-feira pelo Governo “não satisfaz” as reivindicações dos sindicatos.

"Queremos chegar a acordo e nesse contexto vamos ter uma reunião conjunta, dos 14 sindicatos, na próxima terça-feira para responder ao documento que recebemos ontem [terça-feira]", acrescentou.

“É um documento muito extenso, mas que estamos a analisar. Vamos reunir na terça-feira, mas um aumento de 54 cêntimos no subsídio de alimentação dos trabalhadores não é suficiente (…). Não podemos trabalhar em 2019 com ordenados de 2018”, afirmou.

No caso da Fertagus, cerca de seis comboios, de um total de 43 previstos, foram suprimidos até às 09:20, segundo a empresa gestora da via férrea.

Por seu lado, a CP-Comboios de Portugal informou que a paralisação está a afetar as ligações de longo curso e os regionais e que apenas circulam alguns comboios urbanos de Lisboa e Porto.

Segundo fonte da CP, que apresentou dados até às 06:00, dos 30 comboios urbanos de Lisboa previstos para hoje circularam 25 e dos 12 previstos nos urbanos do Porto circularam quatro.

A mesma fonte indicou que até àquela hora não circularam comboios nem no serviço Regional nem no Longo Curso.

Os sindicatos exigem que a administração da empresa e o Governo concretizem o acordo coletivo de trabalho e cheguem a acordo sobre um regulamento de carreiras.


Notícia atualizada às 10:17