Numa conferência de imprensa no Palácio de Cibeles, onde recebeu a Chave de Ouro da cidade de Madrid, Guaidó reiterou a necessidade de “acabar com a ditadura” do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e disse que espera encontrar-se com Sánchez no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, “quando recuperar o poder”, situação que o líder da oposição prevê para breve.
Guaidó lembrou que o Governo espanhol foi o primeiro na Europa a reconhecê-lo como Presidente da Venezuela, no ano passado e, por isso, não considera a ausência de Sanchez como “um desprezo”, como alegaram alguns partidos da oposição em Espanha.
Juan Guaidó, reconhecido como Presidente interino da Venezuela por mais de cinquenta países, encontrou-se com a ministra das Relações Exteriores de Espanha, Arancha González Laya, com quem abordou “posições” em favor da liberdade e do progresso naquele país.
González Laya disse, horas antes da reunião com Guaidó, que a posição da Espanha em relação à Venezuela é a favor da realização de “eleições livres, transparentes e democráticas”.
Antes, Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, mas afastado do cargo por Maduro, disse esta tarde aos venezuelanos residentes em Espanha e que se concentraram nas Portas do Sol, em Madrid, em protesto contra o regime do atual presidente, para se prepararem para em breve estarem juntos na Venezuela.
Na icónica praça, e perante de cerca de mil compatriotas que resistiram à chuva, Guaidó pediu ação e unidade para acabar com a “ditadura” e devolver a democracia ao país.
“Vamos assumir a nossa responsabilidade”, afirmou Guaidó que destacou o impacto de os venezuelanos serem “ouvidos pelo mundo”, durante uma ronda europeia que o levou a Londres, ao Fórum Económico de Davos, a Bruxelas (onde visitou as instituições da União Europeia), a Paris e, finalmente, a Espanha.
“Onde estivemos, eles ouviram-nos”, disse Guaidó diante de uma plateia entusiasmada, especialmente jovens que gritaram “sim, você pode” e aplaudiram os momentos de pico da intervenção.
Guaidó também pediu apoio para espalharem a situação da Venezuelana no exterior: “Ajudem-nos a comunicar, a transmitir a mensagem da Venezuela”.
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela recordou os episódios do início deste mês, quando um cordão de policias e soldados lhe bloqueou a entrada na sede daquele órgão para tentar impedir sua reeleição, algo que acabou por acontecer dias depois.
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