"O balanço provisório é de 600 feridos e 20 mortos, além de várias casas vizinhas do quartel, que ficaram totalmente destruídas como consequência das ondas de choque", adiantou o Ministério da Defesa em comunicado.

De acordo com a nota, um incêndio deflagrou cerca das 14:00 locais (13:00 em Lisboa) nos paióis localizados na Unidade de Intervenção Rápida de Nkuantoma, causando a explosão das munições aí guardadas.

Anteriormente, num outro comunicado, o Presidente Teodoro Obiang Nguema, que governa este país da África Central há quase 42 anos, acusou agricultores das redondezas de terem permitido a propagação para o quartel de queimadas mal controladas, considerando que os soldados que estavam a guardar o arsenal foram "negligentes".

Casas e edifícios ao redor do quartel ficaram completamente destruídos e enormes blocos de betão foram projetados pelas ruas a centenas de metros, de acordo com imagens da estação de televisão estatal TVGE.

De acordo com o Ministério da Saúde, muitos residentes dos bairros vizinhos do quartel podem estar ainda debaixo dos escombros.

Outras imagens mostravam crianças, mulheres, homens e pessoas idosas a fugirem do local envolto numa espessa coluna de fumo e poeira e quando ainda se continuavam a ouvir explosões.

Perante este cenário, o Ministério da Defesa recomendou aos residentes dos bairros de Nkuantoma e Mondong, para que saiam de casa até amanhã devido ao risco de novas explosões.

Ao resto da população, apelou para que se mantenham tranquilos e permaneçam nas suas casas.

Num hospital em Bata, um grande número de feridos receberam os primeiros socorros numa atmosfera caótica, segundo mostrou a TVGE.

O Ministério da Defesa confirmou que foi aberta uma investigação para apurar as causas deste "trágico e lamentável" acontecimento, uma investigação já anteriormente anunciada pelo Presidente Teodoro Obiang.

O Chefe de Estado lançou "um apelo à comunidade internacional para apoiar a Guiné Equatorial nestes momentos tornados ainda mais difíceis pela combinação da crise económica, devido à queda dos preços do petróleo, e da pandemia de covid-19".

A Guiné Equatorial, um país rico em recursos, mas com largas franjas da população abaixo do limiar da pobreza, integra a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) desde 2014.

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