Guterres, que não é muito ativo nas redes sociais, publicou uma mensagem com esse apelo na sua conta oficial no Twitter pouco depois de uma polémica conferência de imprensa protagonizada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Nova Iorque.
“O racismo, a xenofobia, o antissemitismo e a ‘islamofobia’ estão a envenenar as nossas sociedades. Devemos combatê-lo. Sempre. Em qualquer lugar”, assinalou o diplomata português.
A mensagem, que não fez referência a Trump nem a ninguém em particular, foi publicada pouco depois das mais recentes declarações do Presidente norte-americano sobre os incidentes na cidade de Charlottesville.
Trump defendeu, na terça-feira, a sua controversa posição inicial sobre a violência em Charlottesville, numa manifestação racista, afirmando haver erros dos dois lados.
“Penso que há erros dos dois lados”, disse Donald Trump, referindo-se aos membros de extrema-direita que convocaram a manifestação e aos manifestantes que lá se reuniram para os denunciar no passado sábado.
Trump questionou se os dois lados não tiveram responsabilidade sobre o que aconteceu e ao mesmo tempo que condenava os neonazis afirmava que nem todos os que estavam no local eram neonazis ou supremacistas brancos.
Numa primeira reação ao caso, Trump classificou como “terríveis” os acontecimentos em Charlottesville, mas sem mencionar de forma direta os supremacistas brancos que tinham convocado a marcha, entre eles David Duke, ex-líder do KKK (Ku Klux Klan, movimento de supremacia branca), e vários elementos que exibiam símbolos relacionados com o regime nazi.
A Casa Branca sentiu a necessidade de esclarecer no domingo que o Presidente condenava “todas as formas de violência, intolerância e de ódio” e “todos os grupos extremistas”, incluindo os movimentos associados à supremacia branca.
No sábado, em Charlottesville, um jovem supremacista branco, James Fields, matou uma mulher ao lançar o seu carro contra participantes num protesto antirracismo. O ataque com o carro matou Heather Heyer, de 32 anos.
Fields, descrito por um antigo professor de liceu como um admirador de Adolf Hitler e da Alemanha nazi, foi acusado de homicídio em segundo grau (intencional, mas não premeditado).
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