“Não deverá haver intervenção militar”, estimou o chefe da ONU, que falava numa conferência de imprensa.
“Estou convencido de que isso não vai acontecer” e “espero firmemente ter razão”, acrescentou.
António Guterres acredita que “a diplomacia é a forma de resolver os problemas” e defendeu que é necessário “evitar o pior”.
Na quarta-feira, o Presidente dos EUA, Joe Biden, considerou que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, que concentrou dezenas de milhar de militares junto à fronteira da Ucrânia, “não queria uma guerra em grande escala”.
Mas, acrescentou: “Acho que ele vai entrar” na Ucrânia de uma forma ou de outra.
“Ele vai ter que fazer alguma coisa”, disse ainda, sem mais detalhes.
A Rússia garante que não tem intenção de intervir militarmente na Ucrânia, apesar de ter enviado militares e armas.
A Casa Branca anunciou hoje que não exclui um encontro entre Biden e Putin, caso contribua para diminuir a tensão bilateral devido à concentração de tropas russas junto à fronteira ucraniana.
Na sua conferência de imprensa diária, e perante a ausência de progressos nas conversações entre as duas partes, a porta-voz presidencial, Jen Psaki, afirmou que Biden se vai reunir este fim de semana na residência de Camp David com a sua equipa de Segurança Nacional e o secretário de Estado, Antony Blinken, para abordar “os próximos passos” a seguir.
Ao referir-se à possibilidade de uma nova reunião entre Biden e Putin, Psaki disse que “caso seja um passo recomendado, e pensamos que pode ser positivo nesta fase da discussão, o Presidente está sempre aberto a discussões de líder a líder”.
Biden e Putin já se encontraram pessoalmente num encontro presidencial em junho de 2020 em Genebra (Suíça), e em dezembro mantiveram uma reunião virtual com o objetivo de reduzir a tensão bilateral.
O comentário do porta-voz da Casa Branca surgiu na sequência da reunião que Blinken manteve em Genebra com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, um encontro que não registou progressos significativos.
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