Na digressão mundial de promoção do álbum que lançou a solo "Balls To Picasso", Bruce Dickinson fez um concerto em dezembro de 1994 na cidade de Sarajevo, então sitiada. Pelas circunstâncias, não foi um concerto vulgar: Dickinson chegou num comboio humanitário escoltado por forças da ONU.

Nesse dia 14 de dezembro de 1994, a sala BKC, uma antiga mesquita, ficou lotada para um momento raro de normalidade na cidade, que estava isolada do mundo.

"Foi necessária muita coragem e humanidade para vir em 1994 a uma Sarajevo devastada e cercada, para dizer 'não', e defender o fim da pior guerra na Europa desde a Segunda Guerra Mundial", afirmou hoje Igor Gavric, presidente do Conselho Municipal, na cerimónia que decorreu para assinalar a homenagem ao  vocalista dos Iron Maiden como cidadão honorário.

"Num mundo no qual a maioria das coisas dura cerca de cinco minutos nas redes sociais é incrível que, quase 25 anos depois do concerto que fizemos em Sarajevo, isto signifique tanto para as pessoas a ponto de me darem este prémio simbólico", declarou Bruce Dickinson.

Mais de 11.000 pessoas morreram no cerco a Sarajevo, que durou 44 meses.

Os habitantes da cidade redescobriram o concerto graças ao documentário de 2016 "Scream for me, Sarajevo!", uma frase de Dickinson durante o espetáculo em 1994.

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