No encerramento das jornadas parlamentares do PSD, em Coimbra, Luís Montenegro afirmou que “todos os objetivos a que este governo se propôs estão por alcançar”, mantendo-se apenas “uma dose de otimismo” para que um deles seja atingido – o do défice.

“Não mudámos de opinião, continuamos a achar que Portugal deve baixar o défice e ter superavit, mas deve fazê-lo na base do crescimento da economia, do corte nas despesas supérfluas e da capacidade reformadora do país”, disse, acusando o atual executivo de falhar na aposta das exportações e do investimento só para cumprir aquela meta.

“É mesmo caso para dizer – há mais vida para além do défice” disse, retomando uma expressão atribuída ao ex-Presidente da República Jorge Sampaio.

Luís Montenegro anunciou ainda que, na sequência destas jornadas, o PSD entregará no parlamento nas próximas semanas mais de 20 iniciativas legislativas, em áreas como educação, ciência, sistema política, voluntariado, arrendamento urbano ou coesão territorial, investimento e saúde, entre outras.

“Serão propostas concretas, cumprindo esse duplo desiderato de sermos o maior partido da oposição e construir uma alternativa política forte”, afirmou.

Antes da intervenção de Luís Montenegro, foi exibido nas jornadas parlamentares do PSD um vídeo intitulado “Retrato de um projeto falhado” no qual, em pouco mais de dois minutos, se confrontam declarações de protagonistas da atual solução governativa como o primeiro-ministro António Costa, a coordenadora do BE Catarina Martins e o ministro das Finanças Mário Centeno com notícias publicadas em vários órgãos de comunicação social.

No vídeo, cujos dados também foram distribuídos em formato impresso, procura-se apontar contradições entre as palavras de Costa, Catarina Martins e Centeno com notícias depois publicadas em áreas como a educação, saúde, apoios sociais, emprego ou impostos e que termina com uma frase várias vezes repetida pelo primeiro-ministro. “Palavra dada é palavra honrada”.