"Os recursos humanos e tecnológicos do Centro de Transplante do Hospital Curry Cabral têm de ser preservados e mantidos de forma integrada, porque há muitas vidas a salvar, em paralelo com as das vítimas desta pandemia (covid-19)", refere o texto da petição, que tem como destinatários o Presidente da República, o primeiro-ministro, a ministra da Saúde, a diretora da Direção-Geral da Saúde e a administração do CHULC.
Os peticionários dizem-se conscientes do esforço extraordinário e da capacidade de adaptação e reorganização a que o Serviço Nacional de Saúde está sujeito e "todos os seus profissionais", na luta contra a pandemia causada pelo SARS-coV-2/COVID-19, mas apelam "para que o tratamento das demais doenças não seja adiado 'sine die', porque há pacientes cuja situação clínica não pode ficar 'em espera', sob pena de morrerem!".
O GTHCC destaca a situação referente ao tratamento dos doentes de risco, como os transplantados e em lista de espera para transplante e os doentes oncológicos.
"A decisão, difundida na comunicação social, de tornar o Hospital Curry Cabral (HCC) exclusivamente covid-19, só será possível desativando o seu Centro de Referência, de excelência, na área do transplante hepático, renal, pancreático e de oncologia hepatobilio-pancreático, reconhecido a nível internacional pelos excelentes resultados e que tantas vidas tem salvado. Esta é a segunda casa para tantos transplantados de todo o país, e os seus profissionais altamente qualificados são a sua segunda família".
Sendo assim, o GTHCC apela para que os doentes do grupo de risco, entre eles os oncológicos e os imunodeprimidos, como os transplantados, continuem a receber o acompanhamento médico necessário à vida.
O documento disponível em apela ainda para que o Centro de Referência para a área da transplantação e do cancro do Hospital Curry Cabral seja integralmente preservado "e a sua atividade mantida, até por ser património do Serviço Nacional de Saúde."
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