De acordo com o Boletim Oficial, as quotas para circular na maior ponte marítima do mundo destinam-se a residentes permanentes, com emprego remunerado ou uma “empresa registada em seu nome”, em Hong Kong.

Das 600 quotas disponíveis para Macau, metade destinam-se a particulares e a outra parte a entidades comerciais.

Em relação às entidades comerciais, a Direção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) de Macau explicou que “a empresa requerente tem de estar registada em Macau e possuir mais de 50% das ações da sua empresa filial em Hong Kong”.

Em janeiro tinha sido anunciado que Macau vai ter direito a 600 quotas para veículos locais circularem entre a cidade e Hong Kong, através desta nova ponte que vai ligar os dois territórios e Zhuhai. Desconhece-se ainda a data de inauguração.

“Todos os condutores indicados devem ser residentes permanentes da Região Administrativa de Macau (RAEM) e titulares da carta de condução para automóveis ligeiros de passageiros da RAEM”, esclareceram as autoridades.

Na segunda-feira, o Governo de Macau tinha anunciado que a aquisição de uma quota para circular com um automóvel ligeiro na nova ponte Hong Kong-Zuhai-Macau vai custar 3.100 euros por ano.

A “atribuição de quota regular de automóveis ligeiros de passageiros de serviço particular registados em Macau, pelo período de um ano” vai ter o valor de 30 mil patacas (3.100 euros).

As atribuições destas quotas vão ser feitas através de um sorteio e os residentes que se inscrevam vão despender cerca de 50 euros.

Os 600 contemplados vão ser anunciados no dia 29 de junho de 2018.

O volume diário de tráfego na ponte deverá atingir os 29.100 veículos, em 2030, indicou a DSAT, em maio.

De acordo com os mesmos serviços, as regiões administrativas especiais já chegaram a um consenso sobre as quotas de autocarros, veículos de aluguer e veículos particulares que pretendem fazer viagens interurbanas: Hong Kong tem direito a 34, Macau a 16.

A ponte vai reduzir o tempo de viagem entre Hong Kong e Zhuhai, província adjacente a Macau, de três horas para apenas 30 minutos, aumentando a integração das três cidades do Delta do Rio das Pérolas.

A estrutura principal mede 29,6 quilómetros, com uma secção em ponte de 22,9 quilómetros e um túnel subaquático de 6,7 quilómetros, numa extensão total de 55 quilómetros.