No sábado à noite, o hacker "The Jester" divulgou o link da página do site que teria pirateado, e onde publicou uma mensagem que acusava Moscovo de "piratear por motivos políticos".
"Trata-se do nosso antigo site, não o utilizávamos há muito tempo. Os nossos especialistas estão a averiguar quem estará por trás do hack", reagiu o porta-voz do Ministério russo, Maria Zajarova, na sua página do Facebook.
Zajarova afirmou que o site tem sido atacado regularmente desde 2013. A página atualmente ativa (mid.ru) funciona normalmente.
"Se for comprovado que os americanos estão por trás deste ataque, ainda que seja contra uma fonte inativa, isso não será uma boa notícia, pois quererá dizer que uma cibermáquina de destruição está a ser utilizada [...] ou que a campanha eleitoral dos Estados Unidos tem colocado as pessoas num estado tal que começam a destruir tudo à sua frente", acrescentou.
No sábado à noite, "The Jester", conhecido por vários ataques, incluindo um contra o site WikiLeaks em 2010, publicou na sua conta do Twitter (@th3j35t3r) uma mensagem reivindicando seus atos.
"The Jester" publicou um link que levava a uma página arquivada do site do Ministério onde aparecia a imagem de um palhaço com um texto dirigido a Moscou.
O hacker acusa a Rússia de estar por trás dos ataques diplomáticos do site WikiLeaks nos últimos anos e das revelações do ex-consultor dos serviços de inteligência americanos, Edward Snowden. "E após toda estes ataques por motivos políticos, cismam com Trump e tentam influenciar as eleições de outra nação", escreveu.
Washington acusou a Rússia recentemente de ter planeado diversas operações de pirataria para influenciar a campanha eleitoral dos Estados Unidos. O presidente russo, Vladimir Putin, negou qualquer envolvimento nessas alegações.
Os Estados Unidos culpam Moscovo de querer favorecer o candidato republicano, Donald Trump, que elogiou o chefe do Kremlin e prometeu melhores relações com a Rússia se chegar à Casa Branca.
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