O furacão, que atingiu o Haiti a 04 de outubro, causou 546 mortos e 175 mil deslocados, segundo a Proteção Civil.
O autarca de Les Cayes, Gabriel Fortuné, confirmou o incidente e apelou à população para manter a calma.
Habitantes da zona incendiaram pneus em protesto por esta morte, que atribuem à polícia.
Não foram facultadas mais informações sobre as circunstâncias em torno do incidente.
Trata-se da segunda morte durante a distribuição de ajuda humanitária, depois de, há cerca de uma semana, uma adolescente também ter morrido e de outras três pessoas terem ficado feridas por disparos da polícia na localidade de Dame Marie, também no sudoeste do país.
A polícia afirmou na altura que o incidente ocorreu quando a distribuição da ajuda ficou fora de controlo devido à desordem das pessoas.
A passagem do furacão Matthew pelo Haiti exacerbou uma epidemia de cólera que assola aquela nação caribenha.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) alertou recentemente que a segurança alimentar de 800 mil haitianos se encontra ameaçada, dado que o furacão devastou a maior parte dos cultivos do país.
“A temporada de plantio de inverno aproxima-se rapidamente. Os produtores agrícolas perderam tudo. Se não agirmos agora para lhes proporcionar sementes, fertilizantes e outros materiais que precisam, não poderão semear e deparar-se-ão com uma persistente insegurança alimentar”, disse, no final do mês passado, o representante da FAO no Haiti, Nathanaël Hishamunda.
Segundo dados do Programa Alimentar Mundial (PAM), do Governo do Haiti e da FAO, a situação é especialmente grave na costa sul do país, onde o furacão ‘tocou terra’.
Na semana passada, o ministro da Economia e Finanças haitiano, Yves Romain Bastien, estimou os danos materiais causados pelo Matthew em 1.890 milhões de dólares.
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