“É muito cedo para falar sobre a questão dos prisioneiros sem antes parar a agressão” na Faixa de Gaza, disse à agência EFE Osama Abu Khaled, membro do gabinete dos membros do Hamas.

A organização está a “estabelecer contactos com todas as partes envolvidas para pôr fim à agressão”, disse Abu Khaled, sem dar mais pormenores.

O Hamas continua a apelar às organizações humanitárias para que “forneçam ajuda urgente e rápida”, bem como combustível e outros bens básicos face ao bloqueio israelita à Faixa de Gaza, onde mais de 2,2 milhões de pessoas estão à beira de uma catástrofe humanitária.

Abu Khaled reiterou que o movimento islamita, que controla Gaza desde 2007 e que está em guerra com Israel há seis dias, rejeita a abertura de um corredor humanitário por “ter como objetivo forçar a deslocação” dos habitantes de Gaza.

“O povo palestiniano, com toda a sua força, homens, mulheres, crianças e idosos, prefere morrer a abandonar a sua terra e as suas casas. O que é necessário é que as organizações humanitárias sejam autorizadas a entrar”, afirmou.

Em Gaza, pelo menos 1.350 pessoas foram mortas e 6.049 feridas pelos ataques aéreos israelitas, e os hospitais estão sem eletricidade e necessitam urgentemente de materiais que levaram a sua situação ao limite.

Prosseguem as negociações entre o Egito e os Estados Unidos sobre a ajuda humanitária a Gaza e a transferência de feridos que necessitam de tratamento no Egito, bem como sobre uma trégua proposta pelas autoridades egípcias, segundo as fontes, que afirmaram que até agora todas essas propostas foram rejeitadas por Israel.

O número de pessoas deslocadas na Faixa de Gaza ultrapassou os 338 mil, aumentando em 75 mil o número de civis que fugiram das suas casas no território palestiniano num só dia, informou hoje o Gabinete de Coordenação da Ajuda Humanitária da ONU (OCHA).