Horas antes desta declaração, Israel tinha voltado a recusar reconhecer um Estado palestiniano, rejeitando um plano apresentado pelos Estados Unidos e por vários países árabes, no quadro de um cessar-fogo em Gaza.
Para o movimento islamita Hamas, essa atitude de Israel “constitui um desafio ao sistema internacional e é um exemplo do comportamento da entidade sionista, que foge às leis e resoluções internacionais e nega o direito do povo palestiniano à autodeterminação e à construção do seu Estado independente, com Jerusalém como capital”.
Num comunicado divulgado na rede social Telegram, o Hamas também denunciou a passividade de Israel perante um problema, durante as últimas décadas, acusando o Governo israelita de apena procurar ganhar tempo para “roubar mais terras palestinianas, repovoá-las com judeus e expandir os colonatos”.
“A comunidade internacional deve trabalhar para acabar com esta arrogância”, acrescentou o Hamas, que apelou ainda ao reconhecimento imediato de todos os direitos do povo palestiniano, incluindo o seu direito à autodeterminação.
A proposta internacional — que seria viabilizada já nas próximas semanas, se houvesse uma trégua no conflito – incluiria, como noticiou o jornal norte-americano The
Washington Post, a evacuação de muitos ou todos os colonatos do território ocupado da Cisjordânia, a criação de uma capital palestiniana em Jerusalém Oriental e um conjunto de medidas de segurança na Cisjordânia e em Gaza.
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