“A nossa reunião é importante porque nos últimos anos as organizações [terroristas] atuam nos nossos países sem que haja coordenação” para os contrariar, afirmou o príncipe saudita, numa declaração que surge dois dias depois de um atentado contra uma mesquita no Egito que fez pelo menos 305 mortos.
Mohammed bin Salman – que prometeu uma “coordenação forte, excelente e especial” entre os seus membros para combater os grupos extremistas – disse que os mais de 40 países que agora se associam “estão a enviar um sinal muito forte que consiste em dizer que vão trabalhar juntos”.
“Vamos juntar as nossas capacidades militares, financeiras, políticas e de serviços secretos. (…) Vai ser feito a partir de hoje, e cada país vai contribuir à medida das suas capacidades”, salientou o príncipe Mohammed.
O herdeiro da casa real saudita expressou ainda a sua solidariedade para com o Egito pelas vítimas do atentado, considerando que se trata de um acontecimento “muito doloroso que faz recordar os perigos do terrorismo e do extremismo”.
A reunião de Riade marca o lançamento oficial de uma iniciativa anunciada em dezembro de 2015, quando a principal ameaça terrorista do Mundo, o Estado Islâmico (EI), ainda ocupava grandes extensões de território na Síria e no Iraque. Atualmente, o EI está derrotado militarmente no terreno, permanecendo ativo através do patrocínio de atentados terroristas (ou ataques de lobos solitários) em vários pontos do globo.
Quando foi anunciada, em 12 de dezembro de 2015, a coligação contava com 34 países, incluindo Arábia Saudita, Bahrein, Bangladesh, Benim, Chade, as Comoros, Costa do Marfim, Djibuti, Egito, Emirados Árabes Unidos, Gabão, Guiné, Iémen, Jordânia, Kuwait, Líbano, Líbia, Malásia, Maldivas, Mali, Marrocos, Mauritânia, Níger, Nigéria, Paquistão, Palestina, Qatar, Senegal, Serra Leoa, Somália, Sudão, Togo, Tunísia e a Turquia.
No entanto, apesar de ter integrado a lista inicialmente, o Qatar não fez parte da reunião de hoje. Em junho, Riade e outros três países árabes cortaram relações com o Qatar, acusando o país de apoiar grupos terroristas, algo que Doha desmente.
O grande rival da Arábia Saudita, o Irão (de maioria xiita), também não participa na coligação lançada pelo príncipe.
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