“Não estou a inventar desculpas; disse que foi um erro e que me arrependo”, admitiu mais uma vez Hillary Clinton, referindo-se à utilização de um endereço de e-mail pessoal para comunicações oficiais enquanto ocupava o cargo de secretária de Estado, entre 2009 e 2013, o que desencadeou uma controversa investigação do FBI.

Na semana passada, o diretor do FBI anunciou que a sua equipa está a investigar milhares de e-mails recuperados de um portátil de uma antiga colaboradora de Hillary Clinton, fazendo o tema regressar ao centro do debate político.

De acordo com os meios de comunicação social norte-americanos, os emails terão sido encontrados num dos portáteis usados pela colaboradora, que foi apreendido no âmbito de uma investigação a alegados avanços sexuais do marido a uma jovem de 15 anos.

“Parece que agora querem ver os e-mails de uma das minhas colaboradoras, e por favor, devem olhar para eles; tenho a certeza que vão chegar à mesma conclusão que chegaram quando olharam para o meu email durante o último ano”, disse a candidata.

“Não há matéria [para construir o caso judicial] aqui”, garantiu, perante o aplauso e os gritos de encorajamento de centenas de apoiantes que se juntaram em Kent, no estado de Ohio, para ouvir a candidata.

Esta foi a primeira vez que Clinton se referiu diretamente ao caso dos e-mails desde sábado, quando criticou o diretor do FBI, James Comey, considerando que a sua iniciativa era “profundamente problemática”.

Em julho, Comey tinha acusado a secretária de Estado de ser “extremamente descuidada” ao usar um e-mail não seguro e assim poder por em causa a segurança dos Estados Unidos, mas acabou por não apresentar queixa contra a governante.

No Ohio, Clinton tem uma ligeira vantagem, de um ponto (45,3% contra 44,3% de Trump), de acordo com a média das sondagens feita pelo ‘site’ RealClearPolitics.