Dado tratar-se de crimes sexuais, o julgamento, com dez testemunhas, irá decorrer à porta fechada, à exceção da leitura da decisão judicial que será pública.

O suspeito de 43 anos, reformado por invalidez, está acusado de um crime de abuso sexual de crianças, 17 de recurso à prostituição de menores, dois deles na forma tentada, e três de gravações e fotografias ilícitas.

Segundo a acusação, o arguido instalou em sua casa, nomeadamente na sala e no quarto, câmaras dissimuladas que estavam ligadas a dois gravadores VHS para, assim, filmar os atos sexuais dos menores entre eles ou consigo.

Entre 2014 e 2017, o suspeito, que aliciava os menores com dinheiro, tabaco ou telemóveis, fez seis vítimas entre os 13 e 17 anos, tendo três delas sido filmadas, refere.

Num desses casos, o arguido aliciou um jovem de 15 anos no metro a ter relações sexuais com ele a troco de 50 euros, atos que se repetiram dez vezes, relata a acusação do Ministério Público (MP).

Noutra situação, filmou dois jovens a terem relações sexuais em sua casa, sem que eles soubessem, acrescenta.

“O arguido agiu com a intenção de satisfazer os seus instintos lascivos, pretendendo manter atos sexuais a troco de contrapartidas monetárias”, salienta o MP.

Durante as buscas à sua residência, a Polícia Judiciária (PJ) do Porto apreendeu câmaras de filmar, discos externos, cassetes, telemóveis e um computador.

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