Segundo a Procuradoria da Comarca de Leiria, após ter sido abordado por elementos da Brigada de Investigação Criminal da Esquadra de Leiria da PSP na Gândara dos Olivais, o arguido, “intencionalmente, abriu por completo uma porta lateral do veículo por si conduzido, engrenou a marcha-atrás e pôs o mesmo em movimento, fazendo com que aquela embatesse no corpo de um dos agentes, atingindo-o, provocando a sua queda ao chão e arrastando-o cerca de cinco metros”.

“Neste contexto, só não embateu com a sua viatura no corpo de um outro agente da PSP, que se encontrava posicionado na retaguarda da mesma, por este se ter desviado da trajetória seguida pelo veículo”, adianta a informação hoje disponibilizada no sítio na Internet da Procuradoria.

De acordo com a mesma fonte, o arguido, residente em Leiria, desobedeceu à ordem policial de paragem e colocou-se em fuga, abandonando o local.

“Na sequência destes factos, o primeiro agente da PSP sofreu traumatismo craniano na zona anterior da cabeça e múltiplas escoriações na zona das costas, pernas e braços”, além de outros ferimentos, refere a Procuradoria.

A investigação foi realizada pelo Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal de Leiria, com a coadjuvação da Polícia Judiciária de Leiria.

O arguido aguarda julgamento, por um tribunal coletivo, em prisão preventiva, medida de coação que lhe foi aplicada no âmbito de primeiro interrogatório judicial a 21 de março, um dia após ter sido detido e duas semanas depois do atropelamento.

O atropelamento ocorreu no dia 09 de março e, apesar de a PSP ter disparado contra a viatura, o suspeito conseguiu colocar-se em fuga.

Acabou por ser detido no dia 20 do mesmo mês, no Tribunal Judicial de Leiria, após ter sido aí identificado por guardas prisionais que se encontravam a acompanhar um detido numa sessão de julgamento.

O suspeito foi imediatamente detido, o tribunal cercado por forças policiais e o homem entregue à Polícia Judiciária, que o procurava desde os crimes e sob o qual pendia mandado de detenção.