Além disso, o arguido, de 72 anos, terá de indemnizar a família da vítima mortal em 300 mil euros.
“Agiu com intenção de matar, o que efetivamente conseguiu”, disse a presidente do coletivo de juízes, durante a leitura da decisão judicial.
Segundo a acusação, dada como provada, o homem matou a tiro um amigo, de 54 anos, em 16 de outubro de 2017, na rua onde morava, na freguesia de Oliveira do Douro, em Vila Nova de Gaia (distrito do Porto), por causa de uma dívida de mais de 500 euros.
No seu depoimento, em audiência de julgamento, o arguido confessou ter matado o amigo, que vivia a cerca de um quilómetro de si, mas sem mostrar qualquer arrependimento.
Dizendo que os dois “conviviam”, o homicida confesso afirmou que o amigo estava desempregado e que, por esse motivo, lhe foi emprestando dinheiro. À data dos factos, a dívida era de centenas de euros.
“Há dois anos que me devia esse dinheiro e, sempre que lho pedia, ele agredia-me”, referiu.
Por não querer ser mais agredido, o arguido contou que, há cerca de meio ano, lhe disse que lhe perdoava a dívida.
No entanto, o homem adiantou que no dia anterior ao crime houve um desentendimento entre os dois, tendo disparado para o ar para assustar o amigo.
“No dia do crime, eu estava em casa e ele chamou por mim e eu disparei três tiros para o ar. Depois ele empurrou-me, caí no chão e disparei um tiro na barriga”, relatou.
Explicando que disparou porque estava “aflito”, o arguido frisou que depois tentou suicidar-se, mas ficou sem balas.
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