“Por causa da localização geográfica do nosso distrito [de Marromeu], em que todo ele está cercado por áreas de conservação, todos os dias registam-se casos de conflito homem fauna-bravia. Além de mortos e feridos, também dizer que há destruição de culturas por elefantes e búfalos”, disse o diretor do Serviço Distrital de Atividades Económicas de Marromeu, Júlio Lapissone, em Sofala, citado hoje pela Rádio Moçambique.
Segundo a fonte, este ano foram registados 54 incidentes com animais selvagens naquela província, mais 36 casos comparado a igual período de 2023, em que foram registados quatro mortos.
Os casos envolvem maioritariamente crocodilos, elefantes e búfalos, disse Luís Lapissone, avançando que decorrem ações para travar o conflito homem animal, entre as quais está o treinamento das comunidades em técnicas “de afugentamento”.
“Para fazer face a essa situação, o Governo, em coordenação com as concessionárias das áreas de conservação, tem estado a levar a cabo serviços de afugentamento dos animais através do uso de foguetes, métodos tradicionais ou mesmo abate, em casos de animais problemáticos”, referiu o responsável.
A Lusa noticiou em abril que cerca de 200 pessoas morreram desde 2019 em Moçambique, vítimas de ataques de animais como elefantes e crocodilos, segundo dados divulgados pela Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC).
De acordo com o diretor-geral da ANAC, Pejul Calenga, os ataques da fauna bravia em Moçambique destruíram ainda, de 2019 a 2023, um total de 955 hectares de culturas agrícolas, como milho e mandioca.
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