“A sociedade civil enfrenta desafios de uma dificuldade sem precedentes”, disse o movimento em comunicado.
Fundada em 2002 e defendendo a não-violência, a CHRF esteve esteve na organização dos maiores protestos em Hong Kong, incluindo os de 2019 que, por vezes, reuniram mais de um milhão de pessoas na cidade de 7,3 milhões.
As manifestações, por vezes violentas, levaram Pequim a agir, para recuperar o controlo da cidade.
O Governo central chinês impôs em 2020 uma lei de segurança nacional que criminaliza, na prática, a expressão de qualquer forma de oposição em Hong Kong. Mais de 60 pessoas foram detidas ao abrigo desta lei.
A China é acusada de ter colocado um ponto final no princípio “um país, dois sistemas” que governou a transferência de soberania em 1997.
Pequim, contudo, alega que a Lei de Segurança Nacional foi necessária para restaurar a ordem em Hong Kong após os protestos de 2019.
A maioria dos ativistas da CHRF foram detidos e encarcerados, incluindo os antigos líderes da CHRF Jimmy Sham e Figo Chan.
Cerca de 30 outras organizações da sociedade civil já se dissolveram por medo da repressão, de acordo com uma contagem feita pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Foi o que aconteceu a 10 de agosto com o maior sindicato de Hong Kong, o Sindicato dos Professores Profissionais, com 95.000 membros, que também tinha desempenhado um papel importante no movimento pró-democracia.
Alguns dias antes, os meios de comunicação estatais chineses tinham publicado artigos sobre o sindicato, chamando-lhe um “tumor maligno que deve ser removido”.
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