“As Forças Navais do Iémen (Houthis) atacaram o navio norte-americano ‘Star Iris’ no Mar Vermelho com vários mísseis navais adaptados. O impacto foi preciso e direto, ‘Graças a Deus'”, disse o porta-voz militar, Yahya Sarea, num comunicado difundido através das redes sociais.

Esta declaração ocorre depois de a Marinha de Guerra do Reino Unido ter informado sobre um novo ataque, com dois mísseis, contra um navio no Estreito de Bab el Mandeb, a 40 milhas a sul de Al Mokha, ao largo do Iémen.

“A tripulação está a salvo e o navio dirige-se para a próxima escala”, indicou a divisão de Operações Marítimas Comerciais da Marinha de Guerra britânica (UKMTO, na sigla em inglês) através de uma mensagem divulgada nas redes sociais.

O portal de vigilância marítima MarineTraffic refere que o “Star Iris” é um navio grego registado nas Ilhas Marshall, Pacífico, e fazia a ligação entre o Brasil e o Irão quando foi atacado no Mar Vermelho.

Os Houthis apoiados pelo regime de Teerão acusam a Administração dos Estados Unidos de não divulgar a identidade dos navios norte-americanos que navegam no Mar Vermelho e de aconselharem as tripulações a içarem o pavilhão das Ilhas Marshall, numa tentativa de evitar ataques das forças que controlam o Iémen.

O porta-voz militar dos Houthis reiterou, no mesmo comunicado, que o novo ataque reivindicado pelos Houthis enquadra-se na campanha militar “de apoio ao povo oprimido palestiniano e em resposta da agressão dos Estados Unidos e do Reino Unido”.

Londres e Washington atacaram recentemente posições Houthis do Iémen com ‘drones’ e mísseis.

O mesmo documento divulgado hoje pelo movimento xiita que controla o Iémen frisa que os Houthis vão continuar a “impedir a navegação israelita, ou com ligações a Israel, no Mar Vermelho ou no Mar Arábico até que termine a agressão contra a Faixa de Gaza”.

“Trata-se de um dever moral e religioso”, refere o comunicado.