Em declarações aos jornalistas, em Joanesburgo, na apresentação do relatório anual sobre direitos humanos, que decorreu em simultâneo também nas cidades de Berlim, São Paulo e Londres, Dewa Mavhinga referiu que “é necessário haver prestação de contas em Angola sobre os abusos perpetrados pelas forças de segurança, incluindo assassínios extrajudiciais de suspeitos criminosos, e a brutalidade e detenções arbitrárias executadas pela Polícia durante o ano de 2018″.

Questionado pela Lusa sobre se os progressos registados em Angola se relacionam com as mudanças políticas iniciadas pelo novo Presidente angolano, o responsável afirmou que “é um cenário confuso com progressos em algumas áreas sob a nova liderança do Presidente João Lourenço, no que toca a reformas que parecem ser de combate à corrupção, mas a impunidade continua e não há responsabilização dos abusos de direitos humanos perpetrados, quer pelas forças de segurança, quer pela polícia sem observação da lei ou de compensação”.