A libertação foi possível graças a um decreto que o Governo do ultranacionalista Viktor Orbán aprovou em abril e que permite a libertação destes presos desde que deixem o país no prazo de três dias.
O portal de informação independente 24.hu referiu, citando dados do Comando Nacional do Serviço Penitenciário (BvOP) de 04 de agosto, que o número de traficantes libertados era de 1.385.
O ministro do Interior, Gergely Gulyás, justificou a medida pela saturação das prisões na Hungria, algo que motivou críticas da União Europeia (UE).
As autoridades iniciaram, até ao momento, processos contra seis pessoas por não terem saído do país em 72 horas, ainda de acordo com o BvOP.
As condições para a libertação são que a pessoa seja cidadão estrangeiro e não tenha cometido outro crime.
Na Hungria, no final de 2022, havia mais de 19 mil detidos, dos quais 12% por tráfico de seres humanos, o que significa que o decreto poderá afetar mais de 2.000 pessoas.
Em maio, a medida gerou atritos com a Áustria, um país vizinho onde os migrantes frequentemente vão à procura de asilo.
A Comissão Europeia abriu em julho um processo de infração contra a Hungria pela libertação de traficantes de seres humanos.
O Governo Orbán opõe-se fortemente à imigração e ergueu cercas na sua fronteira sul, tornando quase impossível pedir asilo.
A Hungria também pratica o altamente criticado empurrão para a Sérvia de todos aqueles que cruzaram a fronteira ilegalmente.
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