Em comunicado, a autarquia apela "à solidariedade de todos para com aquele país" e informa que definiu como pontos de recolha de donativos diversos quartéis do Regimento de Sapadores Bombeiros da cidade: D. Carlos I, Martim Moniz, Graça, Defensores de Chaves, Santo Amaro, Monsanto, Alvalade, Benfica, Marvila, Encarnação e Alta Lisboa.

O município nota ainda que, "de acordo com as autoridades moçambicanas, os donativos em géneros mais prioritários para as populações afetadas" são essencialmente medicamentos para infeções gastrointestinais e analgésicos, produtos alimentares enlatados com período de validade prolongado, produtos para o tratamento de água e produtos de higiene pessoal e limpeza de instalações.

A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Maláui e Zimbabué já provocou mais de 300 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos.

Em Moçambique, o Presidente da República, Filipe Nyusi, anunciou na terça-feira que mais de 200 pessoas morreram e 350 mil “estão em situação de risco”, tendo decretado o estado de emergência nacional.

O país vai ainda cumprir três dias de luto nacional, até sexta-feira.

O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.

A Cruz Vermelha Internacional indicou na terça-feira que pelo menos 400 mil pessoas estão desalojadas na Beira, em consequência do ciclone, considerando tratar-se da “pior crise” do género no país.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, viajou para a Beira, onde dezenas de portugueses perderam casas e bens devido ao ciclone Idai, para acompanhar o levantamento das necessidades e o primeiro apoio às populações afetadas.

No Zimbabué, as autoridades contabilizaram pelo menos 100 mortos e mais de 200 desaparecidos, enquanto no Malaui as únicas estimativas conhecidas apontam para pelo menos 56 mortos e 577 feridos.