Numa nota, a PJ destacou que o autor identificado não fazia parte das turmas, cujas aulas foram interrompidas, e que, quando identificado, assumiu “que o seu comportamento foi indevido e por isso se disponibilizou a apagar todos aqueles conteúdos que foram publicitados na Internet”.
“Por livre iniciativa procedeu igualmente à eliminação de todas as suas contas em redes sociais, que estiveram na base desta atividade ilícita e pelas quais poderá vir a ser responsabilizado penal e civilmente”, acrescentou a PJ.
Na sexta-feira, a Federação Nacional de Professores (Fenprof) anunciou que iria fazer queixa à Procuradoria-Geral da República após a intrusão de terceiros em plataformas ‘online’ de ensino à distância e utilização indevida de dados pessoais, códigos de acesso, fotografias e vídeos de alunos e professores.
A Fenprof considerou que a segurança de professores, alunos e as suas famílias “não pode ser posta em causa”, pela utilização de plataformas para o ensino à distância [devido ao isolamento das famílias por causa da pandemia covid-19], havendo “fundados receios” de que a segurança não está salvaguardada.
A estrutura sindical exigiu ao Ministério da Educação que garanta, com muita urgência, a utilização segura de plataformas de reunião ‘online’, ou apresente alternativas à sua utilização, para que professores e alunos possam desenvolver o seu trabalho.
Também o Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) alertou para os problemas relacionados com a proteção de dados e segurança na utilização das plataformas de ensino à distância.
O sindicato falou em problemas de proteção de dados e salvaguarda da informação apelando aos seus associados para terem “especial atenção perante plataformas que solicitam as credenciais do Microsoft Office 365, ou outras credenciais institucionais e pessoais”, alegando que estas “podem estar a migrar os seus dados de autenticação para plataformas externas”.
O Centro Nacional de Cibersegurança, questionado pela Lusa sobre a interferência de “youtubers” nas plataformas utilizadas no ensino, considerou que esta intrusão se deve a “um aproveitamento de eventuais configurações das sessões”.
A operação de identificação do autor foi conduzida pela Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica UNC3T, da PJ, em colaboração com o Ministério da Educação.
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