“A IGAI abriu um processo de acompanhamento e monitorização do processo de inquérito aberto pela PSP”, refere aquele organismo liderado pela juíza Margarida Blasco, numa resposta enviada à agência Lusa.
No domingo, a Polícia de Segurança Pública anunciou a abertura de um inquérito para averiguar a intervenção policial no Bairro da Jamaica, estando o processo a cargo da inspeção nacional da PSP.
Na manhã de domingo, a polícia foi alertada para “uma desordem entre duas mulheres”, tendo sido deslocada para o local uma equipa de intervenção rápida da PSP de Setúbal. Na ocasião, um grupo de homens reagiu à intervenção dos agentes da PSP quando estes chegaram ao local, atirando pedras.
Na sequência destes incidentes, ficaram feridos, sem gravidade, cinco civis e um agente policial, que foram assistidos no Hospital Garcia de Orta, em Almada, e um detido, que saiu, entretanto, em liberdade.
Nas redes sociais há vídeos que mostram confrontos entre agentes policiais e moradores.
Também o Ministério Público abriu um inquérito aos incidentes ocorridos no domingo entre populares e elementos da PSP neste bairro.
A intervenção policial no Bairro da Jamaica levou à realização de uma manifestação, na segunda-feira à tarde, em Lisboa para dizer "basta" à violência policial e “abaixo o racismo”, tendo o protesto terminado com quatro detidos na sequência do apedrejamento a elementos da PSP.
Poucas horas após estes confrontos, a polícia deteve, na segunda-feira à noite, uma pessoa na sequência de incidentes registados em Odivelas, na Póvoa de Santo Adrião e em Santo António dos Cavaleiros, onde diversas viaturas foram incendiadas e 11 caixotes do lixo foram destruídos com recurso a ‘cocktails molotov’, segundo a PSP.
Durante a madrugada, pelas 03:15, na Bela Vista, Setúbal, foram lançados três ‘cocktails molotov’ contra a esquadra da PSP.
Para a PSP, nada indica, até ao momento, que os incidentes ocorridos na zona de Loures e da Bela Vista estejam relacionados com o que aconteceu no Bairro da Jamaica.
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