Muitas destas fotos ou vídeos que mostram menores "a ser atacados e abusados são tão realistas que é quase impossível distingui-los de imagens de crianças reais", afirma a Internet Watch Foundation (IWF), uma das principais associações do setor na Europa.
A IWF, que recebeu 70 denúncias entre abril de 2023 e março de 2024, já contabilizou 74 em seis meses, entre abril e final de setembro deste ano.
Quase todas estas imagens foram encontradas em sites abertos e de fácil acesso ao público geral, principalmente da Rússia (36%), dos Estados Unidos (22%) e do Japão (11%).
Mais de 75% destas denúncias foram feitas diretamente à associação por internautas, após terem visto as imagens em "fóruns ou galerias de fotos ou vídeos de IA".
Segundo um analista da organização, que preferiu manter o anonimato, o aumento destas denúncias é "arrepiante e dá a impressão de que chegamos a um ponto crítico, com o risco de organizações como a nossa e a polícia serem sobrecarregadas por centenas de novas imagens, sem saber se uma criança realmente precisa de ajuda em algum lugar".
"Para alcançar o nível de sofisticação observado, o software utilizou imagens e vídeos reais de agressões sexuais a menores partilhados na Internet", explica Derek Ray-Hill, diretor-geral interino da IWF, citado no comunicado.
Para enfrentar esta questão, Ray-Hill insta os parlamentares britânicos a adaptarem as leis existentes "à era digital" e às suas ferramentas cada vez mais avançadas.
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