Entre os jornais em língua portuguesa publicados em Macau, o Ponto Final faz capa com o título “Hong Kong, a dama de jade”.
Sobre uma foto da baía da cidade e com a imagem da bandeira oficial da Região Administrativa Especial chinesa, o Ponto Final publica também o título “Keep Calm and Carrie On”, com referência ao facto de a primeira mulher a liderar o governo da cidade ter sido eleita sem surpresas por ser considerada a candidata preferida do governo central de Pequim.
O jornal Hoje Macau faz uma chamada de capa com a descrição “Hong Kong. Eleições. A vencedora” sobre uma imagem de Carrie Lam a celebrar a vitória.
A vitória de Carrie Lam está em destaque no jornal Tribuna de Macau, com a chamada de capa: “Primeira mulher a liderar a RAEHK. Carrie Lam obteve vitória folgada”.
O canal de televisão em língua portuguesa da Teledifusão de Macau (TDM) também dedicou atenção às eleições para o chefe do Executivo de Hong Kong no domingo, com reportagens sobre a votação e protestos realizados no fim de semana na antiga colónia britânica.
Já o canal da rádio TDM em português além das notícias da vitória de Carrie Lam, emitiu também um programa no sábado sobre os três candidatos e as propostas que defendiam para a região vizinha.
Em Macau, o jornal em língua inglesa Macau Daily Times é o que hoje dedica mais destaque na capa à vitória de Carrie Lam, com uma foto em que a vencedora surge com as mãos no ar e sorriso rasgado posicionada no centro, entre os dois candidatos derrotados.
Com 365 votos, John Tsang, de 65 anos, foi o segundo classificado na votação do colégio eleitoral composto por 1.194 membros, a qual deu 777 votos a Carrie Lam, de 59, e apenas 21 ao juiz jubilado Woo Kwok-hing, de 71.
Carrie Lam era apontada como a candidata preferida de Pequim. O principal adversário, John Tsang, era referido como o mais popular entre a população, cuja maioria dos cerca de 3,8 milhões de eleitores não pode votar na eleição do chefe do Executivo.
Tanto Carrie Lam como John Tsang integravam o governo do atual líder da cidade, o contestado CY Leung, eleito em 2012 com apenas 689 votos.
A imprensa de Hong Kong e internacional destacou a eleição de Carrie Lam, sublinhando as promessas de unir a cidade dividida politicamente e ao favoritismo e apoio de Pequim.
Sob o título “Lam promete unir cidade dividida”, o jornal South China Morning Post, em língua inglesa, publica na capa uma imagem após o anúncio da vitória de Carrie Lam.
Também com a imagem de Carrie Lam na capa, o jornal The Standard faz referência, no editorial, a número de votos alcançados pela primeira mulher a liderar Hong Kong (777), referindo que a fonética da palavra “sete” pode ser entendida como “pénis” em calão.
“O número 777 nos votos tem um som sinistro em cantonês, mas não altera o facto de ela vir a ser a chefe do Executivo-chefe de Hong Kong – a primeira mulher a ocupar o cargo – nos próximos cinco anos”, escreveu o The Standard num editoral da edição de hoje.
A cadeia britânica BBC continuava esta manhã (madrugada em Lisboa) a destacar a eleição na antiga colónia britânica, abordando os próximos desafios da nova líder eleita não só a nível político, como económico, nomeadamente ao nível da habitação.
O diário The Guardian publica no seu ‘website’ um artigo sobre a eleição de Carrie Lam eleita num clima de acusações sob a alegada interferância de Pequim, e refere que apenas 0,03% dos eleitores de Hong Kong eram elegíveis para participar na eleição realizada pelo colégio eleitoral.
No ‘website’ da CNN, a vitória de Carrie Lam é também notícia, bem como no jornal The New York Times, que assinala a primeira eleição do chefe do Executivo da cidade após os grandes protestos pró-democracia que paralisaram a cidade em 2014.
A revista Time destaca a eleição e aborda o papel de Carrie Lam nas negociações com os estudantes que lideraram os protesto, enquanto secretária-chefe do governo de CY Leung.
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