O alarme foi dado pelas 15:12, tendo acorrido ao local bombeiros de Anadia e dos concelhos vizinhos, apoiados por mais de uma dezena de viaturas. O combate às chamas está a ser dificultado pelo facto de a matéria-prima utilizada pela Nexxpro ser altamente inflamável (resinas, plásticos, fibras), o que terá provocado "uma grande carga térmica", explica a mesma fonte.
Também o Comando Distrital de Operações de Socorro de Aveiro disse à Lusa que "a fábrica foi tomada pelas chamas". Os prejuízos materiais serão avultados, mas, até agora, não há vítimas a registar.
A presidente da Câmara de Anadia, Teresa Cardoso, que se deslocou ao local do incêndio, disse à Lusa que "ainda é cedo" para saber se a Nexxpro está em condições para retomar a produção a curto prazo, o que poderá deixar em risco 150 posto de trabalho.
"O dono da fábrica [o empresário Hélder Loureiro] está a tentar avaliar se é possível recuperar algum equipamento", explicou a autarca. Esclarecendo que a apenas um "módulo de produção" (pavilhão) foi atingido pelas chamas.
Teresa Cardoso aproveitou para deixar uma palavra de "solidariedade e incentivo" aos trabalhadores e proprietários da empresa.
Fundada em 2001, a Nexxpro produz capacetes e acessórios para motociclismo,tendo sido a primeira empresa em Portugal a usar tecnologia para a produção de capacetes em fibra. Um dos seus produtos de maior sucesso é um capacete para motas forrado em ganga (denim).
Ao longo dos anos, a Nexxpro desenvolveu parcerias com diversas marcas internacionais, como a Hugo Boss e a Swarovski, tendo iniciado em 2015 uma participação na alta competição, com a entrada no Mundial FIM de Superbikes.
Atualmente, a marca é representada em 56 países espalhados pelo mundo "com perspetivas de a curto prazo estender a sua representação a novos mercados".
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