A informação foi avançada à imprensa pelo vereador da Proteção Civil da Câmara Municipal da Boavista, Jorge Tomar, indicando que entre as pessoas estão 20 adultos e 15 crianças.

O autarca informou ainda que as pessoas afetadas foram alojadas no Pavilhão Seixal e estão a receber todos os cuidados necessários.

Jorge Tomar adiantou que a autarquia já lançou uma campanha de solidariedade para ajudar as pessoas e apelou a ajuda de todos.

“Todos podem entregar os seus donativos, que vão desde água, comida, roupas, produtos de higiene, colchão e lençóis, na receção do pavilhão, no gabinete da Promoção Social e nas delegações municipais”, enumerou o vereador, citado pelo site local Boavista No Ar.

O vereador garantiu ainda que a autarquia boavistense já está em contacto com o Governo e que ainda esta semana a ministra das Infraestruturas e Ordenamento do Território, Eunice Silva, estará na ilha para, em conjunto, analisarem a situação de habitação para as famílias.

Um incêndio de grandes proporções deflagrou na noite de terça-feira no bairro da Boa Esperança, na Boavista, um dos maiores aglomerados de habitação clandestina de Cabo Verde, também conhecida como bairro da Barraca.

O fogo consumiu nove barracas e deixou 11 famílias desalojadas, num total de 35 pessoas.

O incêndio começou por volta das 22:00 locais (23:00 em Lisboa). A origem terá sido uma vela acesa numa das barracas e o fogo rapidamente se alastrou para as casas na parte mais labiríntica do bairro.

O bairro da Barraca, a escassos metros do centro de Sal Rei, principal localidade da Boavista, abriga entre nove e 10 mil pessoas, boa parte trabalhadores que fazem funcionar a máquina turística da ilha.

O maior incêndio no bairro aconteceu em 2002 e matou duas pessoas.