Contactado pela agência Lusa, José Passos adiantou que “ainda há muito trabalho de rescaldo e vigilância uma vez que o perímetro do incêndio é grande”.

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Monção, no distrito de Viana do Castelo, adiantou que os cinco meios aéreos que durante toda a tarde combateram as chamas desmobilizaram cerca das 18:45.

Já os operacionais “vão manter-se no terreno para vigiar e impedir mais novidades e, esperar pelo dia de amanhã [terça-feira] que será mais um dia de calor”.

José Passos sublinhou não haver registo “de feridos, quer bombeiros, quer população, nem habitações atingidas pelo fogo”.

O incêndio que começou no domingo, às 15:38, “passou, entretanto, por Friestas, no concelho vizinho de Valença, encontrando-se no lugar de Alderiz, na freguesia de Pias”, em Monção.

De acordo com informação que constava da página oficial da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 19:33, estavam mobilizados 116 operacionais com 34 viaturas.

Anteriormente à Lusa, José Passos disse que o incêndio teve origem “criminosa”.

“O incêndio começou junto a uma estrada municipal, a antiga Estrada Nacional (EN) 101, e é mão criminosa, acertadamente”, sublinhou José Passos.

Também em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Monção, António Barbosa, disse que “qualquer leigo percebia logo que foi fogo posto, por ter começado ao mesmo tempo, no espaço de uma hora, em vários pontos do concelho”.

“As chamas começaram em Longos Vales, passado uma hora junto à estrada nacional do lado Lapela, passados 10 minutos já havia outro [ponto de fogo] do lado de Lara. Passados mais 10 minutos já havia outro em Pias. Quem fez isto foi fazendo um circuito na cabeça do incêndio, deixando fogo por todo o lado”, referiu.

O autarca social-democrata defendeu para os pirómanos a mesma vigilância aplicada à pedofilia, que “reduziria em 90%” o número de fogos no país.

“Tal como existe uma lista para a pedofilia e para outras áreas, porque não nesta também? Isto tem custos elevadíssimos para o país e tem de ser repensado. A forma como nós fazemos a vigilância, como nós fazemos o acompanhamento destas situações, deve ser feita, senão andamos todos nós a investir meios, tempo e dinheiro para depois não valer absolutamente nada porque todos os anos acontece a mesma coisa”, afirmou.

O autarca social-democrata adiantou que “se houvesse os cuidados respetivos com os pirómanos, os incêndios reduziriam 90%”.