“Hoje estamos a realojar seis famílias em unidades de alojamento do concelho de Penela. São um total de 18 pessoas e, entre elas, estão seis crianças”, adiantou o autarca
O presidente da Câmara de Penela acrescentou que “as restantes 23 famílias vão ficar temporariamente em casa de familiares e, a partir de segunda-feira, serão realojadas”.
O autarca falava à Lusa no final de reuniões de trabalho com o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), proprietário da urbanização onde no início do dia de hoje deflagrou um incêndio numa garagem.
A reunião contou com a presença da presidente do IHRU, Isabel Dias, que “se deslocou a Penela com uma equipa técnica” para, “juntamente com o município, trabalhar o processo de realojamento”, cujos “custos são suportados pelo IHRU”.
O incêndio, cujo alerta foi dado às 06:20, segundo o Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Região de Coimbra, provocou ainda a “destruição de seis veículos ligeiros” que “foram consumidos pelas chamas”.
O comandante dos Bombeiros Voluntários de Penela, Vítor Gomes, explicou à agência Lusa que o incêndio ocorreu numa “garagem situada na cave de um bloco habitacional que tem mais três andares de habitação”, na Avenida do Brasil.
“A garagem tinha muito mais veículos estacionados. Os seis que foram consumidos pelas chamas, foi até à nossa chegada, depois conseguimos condicionar” o incêndio, esclareceu.
A origem do incêndio, assumiu Vítor Gomes, está a ser investigada pela Polícia Judiciária (PJ), que se deslocou ao local ainda pela manhã e “vai regressar para mais peritagem”, tal como também afirmou o presidente da Câmara.
Segundo Eduardo Nogueira Santos, “só quando a PJ libertar o edifício é que as equipas técnicas poderão fazer as intervenções necessárias, quer por parte dos empreiteiros, quer na área do gás, para que as pessoas possam regressar” às suas habitações.
“O bloco B, que é o que está por cima do foco de incêndio, vai ficar sem ninguém e no bloco A vão ficar alguns moradores que entendem que têm condições para ficar e não querem sair”, contou o autarca.
O bloco do lado, o A, “tem água, eletricidade e saneamento, mas não tem gás, mas há apartamentos que têm o sistema todo elétrico”, por isso, explicou, “é que há famílias que preferiram ficar e há 29 dos dois blocos que ficaram desalojadas”.
“Vamos ter de avaliar tudo em permanência. Há pessoas que hoje preferiram ficar com família, mas podem mudar de ideias amanhã ou depois e também estamos dependentes da PJ para podermos intervir na reabilitação dos edifícios e realojar as pessoas”, concluiu.
Eduardo Nogueira Santos adiantou ainda que o bloco A “tem 14 apartamentos que foram recentemente intervencionados e estavam para entrar no mercado de arrendamento”.
Neste sentido, assumiu que “o IHRU está a ponderar utilizar, temporariamente, esses apartamentos vagos para alojar famílias do bloco B até que possam regressar às suas habitações” no bloco ao lado.
“O prédio ficou danificado, mas não tem danos estruturais, pelo que conseguimos avaliar, mas só nos próximos dias é que serão feitos os testes de carga para uma real avaliação, após a conclusão dos trabalhos da PJ”, acrescentou o autarca.
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