Vista geral (atualizado às 23h00)

  • Número total de incêndios rurais: 86
  • 27 em curso; 8 em resolução e 51 em conclusão
  • Número total de operacionais mobilizados: 4453
  • Número total de viaturas operacionais mobilizadas: 1372
  • Número total de meios aéreos mobilizados: 0

*Fonte: site da Proteção Civil

Até às 19:00 de hoje foram registados 171 incêndios em Portugal, dos quais 27 permaneciam ativos a essa hora, sendo que 14 são considerados ocorrências significativas, adiantou hoje o comandante nacional da Proteção Civil.

Os dados foram adiantados ao final da tarde, no ‘briefing’ das 19:00 na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, no concelho de Oeiras (Lisboa), pelo comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes.

“[Um total de] 171 novas ignições foram registadas até às 19:00 do dia de hoje. Obviamente esta é uma situação que põe muitos meios alocados ao ataque inicial e destas 27 ainda estão ativas a esta hora. Nestas 27 no seu total [estão envolvidos] 2.654 operacionais, 793 veículos e 30 meios aéreos nestes ataques ampliados”, resumiu o comandante nacional André Fernandes, no mais recente ponto de situação.

Entre as 14 ocorrências consideradas significativas pela Proteção Civil em curso àquela hora, o comandante nacional destacou os incêndios de Abuil, em Pombal, que envolvem 450 operacionais, o de Caranguejeira, em Leiria, com 371, o de Faro, com 370 e o de Palmela, com 460.

André Fernandes referiu que os principais incêndios ativos “desenvolvem-se junto a áreas habitacionais, com ‘interface’ urbano-florestal, o que complica as operações de socorro”, sendo dada prioridade à salvaguarda de vidas e habitações.

Ponto de situação sobre os maiores incêndios que lavram no país

Setúbal (atualizado às 23h00)

Número de ocorrências: 1

Localidades

  • Palmela: Palmela (em curso)

O que se sabe até agora:

O incêndio que lavra na zona de Palmela (Setúbal) já fez 10 feridos, cinco dos quais bombeiros.

Segundo disse à Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal, dos cinco bombeiros feridos quatro foram transportados para o Hospital de S.Bernardo, em Setúbal.

Os bombeiros feridos combatiam as chamas na frente ativa de Aires. Há ainda o registo de outros cinco feridos civis, um dos quais em estado grave.

O incêndio de Palmela tem atualmente uma frente ativa em Aires, que já obrigou à retirada da população da localidade, e outra na zona da Quinta do Anjo.

Durante a tarde, o Centro Social de Palmela e o campo de férias da EDP também tiveram de ser evacuados.

Aveiro (atualizado às 23h00)

Número de ocorrências: 13

Localidades

  • Oliveira de Azeméis: Nespereira de Cima (em resolução), Travanca e Palmaz (em curso), Pinheiro da Bemposta (em curso)
  • Estarreja: Viadal, Canelas e Fermela (em curso)
  • Vale de Cambra: Arões (em curso)
  • Mealhada: Barcouço (em curso)
  • Albergaria-a-Velha: Branca (em curso)
  • Sever do Vouga: Talhada (em conclusão)
  • Santa Maria da Feira: Canedo (em resolução)

O que se sabe até agora:

O incêndio que deflagrou hoje ao início da tarde em Oliveira de Azeméis está a consumir duas fábricas no concelho vizinho de Albergaria-a-Velha, revelou hoje o presidente da primeira dessas autarquias do distrito de Aveiro.

“A situação em Oliveira de Azeméis está mais controlada, mas o fogo entretanto alastrou a Albergaria e neste momento está a consumir uma fábrica de madeiras que não tem o nome identificado, mas que, segundo populares da zona, é nas instalações da antiga Lusoparquê”, disse à Lusa o presidente da Câmara de Oliveira, Joaquim Jorge Ferreira.

O responsável máximo do Comando Distrital de Operações de Socorro de Aveiro, José Carlos Pinto, acrescentava às 22:00 que havia já outra unidade industrial a arder: “É uma serralharia. E há outras fábricas com alguns problemas, mas a de madeiras e a serralharia são as que estão em pior situação”.

O comandante José Carlos Pinto refere que, além das altas temperaturas, também o vento forte está a dificultar a intervenção dos operacionais no terreno, pelo que, sobretudo em Albergaria, “o trabalho dos bombeiros ainda está para durar”.

As chamas cortaram a autoestrada A1, de acordo com a Proteção Civil, na zona de Albergaria.

Também a concessionária – a Brisa – daquela autoestrada confirmou o corte ao trânsito rodoviário.

“A Brisa Concessão Rodoviária informa que a A1 se encontra cortada ao trânsito, nos dois sentidos de circulação, entre Aveiro Sul e Estarreja, devido a um incêndio”, lê-se num comunicado enviado às redações.

A Brisa “agradece a compreensão dos automobilistas e dos utilizadores desta área de serviço”, acrescenta.

Leiria (atualizado às 23h00)

Número de ocorrências: 8

Localidades

  • Pedrógão Grande (em conclusão)
  • Alcobaça: Molianos (em conclusão)
  • Caldas da Rainha: Salir do Porto (em resolução)
  • Ansião: Torre de Vale de Todos (em conclusão)
  • Pombal: Barrocal-Sicó e Vale da Pia (em curso)
  • Leiria: Caranguejeira (em curso), Regueira de Pontes (em resolução)

O que se sabe até agora:

Leiria tem sido alvo de vários reacendimentos ao longo do dia de hoje, um dos quais, entretanto dominado, galgou para o concelho de Ourém, já no distrito de Santarém.

Gonçalo Lopes, Presidente da Câmara de Leiria adiantou que os incêndios que atingiram várias freguesias de Leiria “estão controlados”, mas mantém-se ativo um dispositivo com quase 500 elementos em vigilância e prontidão para ataque rápido a reacendimentos. “Neste momento, o fogo que iniciou ontem [terça-feira] na Caranguejeira e atingiu as freguesias das Colmeias e Milagre, Boa Vista, Souto da Carpalhosa e Ortigosa, está controlado”, referiu.

O incêndio em Ansião está a obrigar à retirada de pessoas em duas aldeias daquele concelho do distrito de Leiria, disse à agência Lusa o presidente da Junta de Freguesia de Santiago da Guarda.

O Município de Pombal, no distrito de Leiria, alertou hoje para o agravamento da situação naquele concelho do distrito de Leiria, nomeadamente das freguesias de Abiul e Redinha.

Numa nota enviada às redações, a autarquia liderada por Pedro Pimpão (PSD), refere que "devido a diversos reacendimentos, associados também às condições meteorológicas severas, com a agravante da insuficiência de meios, os incêndios que estão a atingir o concelho de Pombal estão a complicar-se, designadamente nas freguesias de Abiul e Redinha".

A autarquia apela ainda às populações das aldeias atingidas para que "mantenham a calma e sejam vigilantes, evitando comportamentos de risco".

"Todos devem cumprir escrupulosamente as orientações das autoridades de segurança e proteção civil que se encontram no local, tendo como principal prioridade a proteção das pessoas", destaca ainda o comunicado.

As próximas horas serão as mais críticas deste dia, tendo em conta os "ventos erráticos" que se esperam.

A empresa gestora da rede de distribuição de eletricidade E-REDES registou entretanto interrupções de energia relativas à baixa tensão nos concelhos de Ourém, Ansião, Leiria e Pombal devido aos incêndios.

Dezasseis localidades da União de Freguesias de Colmeias e Memória ficaram também sem abastecimento público de água, adiantou fonte dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS), que garantiu que a interrupção não afeta o combate aos incêndios.

Santarém (atualizado às 23h00)

Número de ocorrências: 7

Localidades

  • Santarém: Marvila, Ribeira Santarém, S.Salvador, S.Nicolau (em conclusão)
  • Ourém: Freixianda, Ribeira do Fárrio e Formigais (em resolução) / Cumieira, Espite e Seiça (em conclusão)

O que se sabe até agora:

O incêndio em Freixianda entrou em resolução às 03:21 e o de Espite à 00:54, com as autoridades a manter o efetivo no terreno para acautelar reativações, como a que teve lugar ao início da tarde em Ourém.

O presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque, pediu entretanto ao Governo a manutenção dos meios de combate no terreno, para evitar estes reacendimentos.

Quanto às pessoas retiradas na terça-feira de casas ou de lares, nos dois incêndios, Luís Albuquerque apontou cerca de 70 na Freixianda e mais 40 em Espite, frisando ser “completamente falso” que tenham sido retiradas 300 pessoas na Freixianda.

A empresa gestora da rede de distribuição de eletricidade E-REDES registou hoje ocorrências de interrupção de energia relativas à baixa tensão nos concelhos de Ourém, Ansião, Leiria e Pombal devido aos incêndios.

Faro (atualizado às 23h00)

Número de ocorrências: 3

Localidades

  • Faro: Montenegro (em curso)
  • Loulé: Quarteira (em resolução)
  • Monchique: Monchique (em curso)

O que se sabe até agora: 

O perímetro do incêndio que deflagrou na terça-feira à noite perto da Universidade do Algarve está dominado, com os restantes 20% ainda a "inspirar cuidado ou preocupação”.

“O perímetro do incêndio tem cerca de 80% dominado, havendo 20% que ainda inspiram cuidado ou preocupação”, disse ao fim da tarde de hoje o comandante operacional distrital da Proteção Civil de Faro, Richard Marques, em declarações à comunicação social.

De acordo com este responsável, apenas as zonas do Laranjal e do Vale Verde, no concelho de Loulé, ainda necessitam de uma última “intervenção incisiva" e irão merecer “todo o esforço do dispositivo nas próximas horas".

O incêndio deflagrou às 23:30 de terça-feira perto do polo das Gambelas da Universidade do Algarve e do recinto onde decorre, a partir de quinta-feira, a Concentração Internacional de Motos de Faro, tendo chegado a atingir um perímetro de 27 quilómetros, segundo Richard Marques.

O fogo passou depois para o concelho de Loulé.

Guarda (atualizado às 23h00)

Número de ocorrências: 6

Localidades

  • Trancoso: Maçal da Ribeira (em conclusão)
  • Seia: Santa Eulália (em curso)
  • Figueira de Castelo Rodrigo: Nave Redonda e Escalhão (em conclusão)
  • Almeida: Freixo (em conclusão)
  • Guarda: Benespera (em conclusão)

O que se sabe até agora:

Duzentos e trinta e dois operacionais, apoiados por 66 viaturas e quatro meios aéreos, estão a combater hoje, às 19:15, um incêndio que lavra numa zona de mato em Santa Eulália, no concelho de Seia, segundo a proteção civil.

De acordo com uma fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) da Guarda, o alerta para o incêndio foi dado pelas 15:17, em Santa Eulália, Freguesia de Sameice e Santa Eulália, no município de Seia, no distrito da Guarda.

Segundo a fonte do CDOS, o incêndio “está ativo” e o “vento forte” que se faz sentir no local está a dificultar as operações de combate às chamas.

Évora (atualizado às 23h00)

Número de ocorrências: 3

Localidades

  • Montemora-o-Novo: Cabrela (em curso)
  • Estremoz:  IP2 Junto Cruz São Bento Cortiço (em conclusão)
  • Arraialos: Herdade da Pastaneira (em conclusão)

O que se sabe até agora:

Mais de 120 operacionais e dois meios aéreos combatem um incêndio de povoamento florestal que deflagrou, hoje à tarde, na zona de Cabrela, no concelho de Montemor-o-Novo (Évora).

A fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Évora indicou que o alerta foi dado às 15:06, estando o fogo, com duas frentes ativas, cerca das 18:00, a lavrar “numa zona de pasto, mato e eucaliptos”.

“Não há feridos nem casas em risco”, adiantou a mesma fonte.

Viseu (atualizado às 23h00)

Número de ocorrências: 2

Localidades

  • Mangualde: Vila Mendo de Tavares (em resolução) e Salgueiral (em conclusão)

O que se sabe até agora:

O incêndio que deflagrou pelas 02:00 de hoje em Mangualde, tendo destruído cerca de 290 hectares de floresta, está dominado, disse o presidente da Câmara Municipal, que espera uma noite "mais calma" que a anterior.

O presidente da Câmara adiantou ainda, depois de uma reunião com os responsáveis da proteção civil, que "nenhuma casa ardeu ou foi atingida, não se registaram vítimas e as pessoas (menos de uma dúzia), que tiveram de ser deslocadas por precaução regressaram [a casa] minutos depois".

Até ao momento, foram contabilizados "quatro feridos ligeiros, bombeiros que foram tratados no local, à exceção de um que foi transportado, para ser visto e monitorizado, para o Centro Hospitalar" Tondela-Viseu (CHTV).

Viana do Castelo (atualizado às 23h00)

Número de ocorrências: 6

Localidades

  • Viana do Castelo: Reis Magos (em curso)
  • Valença: Friestas (em curso)
  • Caminha: Funchal (em curso) e Coutada de Cima (em resolução)
  • Monção: Coutada de Cima (em resolução)
  • Ponte da Barca: Cidadelhe (em curso)
  • Ponte de Lima: Gadunho (em resolução)

O que se sabe até agora: 

autoestrada 28 (A28) foi reaberta ao trânsito pelas 21:35 de hoje, em Caminha, após estar cortada mais de cinco horas devido a um incêndio que começou em Vilar de Mouros.

O fogo que começou em Vilar de Mouros passou para Lanhelas e chegou ao concelho vizinho de Vila Nova de Cerveira, disse o presidente da Câmara.

Em declarações à agência Lusa, o presidente socialista Miguel Alves disse que, “neste momento, a preocupação é o lugar de Couto, na freguesia de Lanhelas”.

“Não por estar em cima das casas, mas por estar no cimo da encosta que leva à povoação e não há maneira de entrar na floresta naquele declive. Temos de esperar. O mais angustiante é ter de dizer às pessoas que temos de esperar. Estão no terreno todos os homens e meios que podem estar”, adiantou.

O autarca de Caminha referiu que “em Vila Nova de Cerveira o fogo avança com força e velocidade impressionante em zona florestal, no monte de Goios”.

“Vai levar algum tempo a combater este fogo porque não vejo como se possa travar com os meios terrestres”, especificou.

Miguel Alves referiu que durante a tarde, em Caminha “houve casas em risco no lugar de Ranha e em Vilar de Mouros, mas foi criada, pelos bombeiros, uma cintura de proteção que impediu o pior”.

Cerca das 15:30 uma empresa de pirotecnia “também esteve em risco, mas com o apoio da cisterna da Junta de Freguesia de Lanhelas e dos Bombeiros de Caminha foi possível travar as chamas”.

“É preciso sublinhar que a limpeza que o proprietário fez na envolvente da empresa foi determinante para travar o fogo até que os meios de combate chegassem ao local”, apontou.

Segundo Miguel Alves, “o primeiro foco em Vilar de Mouros foi prontamente extinto pelos sapadores municipais e tivemos logo o apoio das cisternas da Junta de Freguesia de Vilar de Mouros”.

Logo que esse fogo foi extinto surgiram outros focos, noutras zonas, não muito longe e o mesmo aconteceu ao longo do desenvolvimento do fogo, foram aparecendo focos. Não sei o que se passou

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