Em comunicado, a empresa prevê que a reposição total dos serviços "esteja feita a meio do mês de janeiro de 2018, uma vez que foi afetada ainda pela tempestade Ana, pelas condições topográficas do terreno e pela afetação dos 'stocks' da Altice Portugal, já que alguns fornecedores foram também afetados".

"Em simultâneo, está a ser reposta uma parte significativa da rede de cobre ardida, por uma nova rede de fibra ótica, nas zonas mais afetadas", lê-se na nota, emitida após uma reunião entre a Altice e o grupo parlamentar do PSD.

Segundo a empresa, nos incêndios deste ano arderam mais de 440 mil hectares, sendo que metade dessa área ardida ocorreu em outubro, consumindo 45 mil postes e 3.600 quilómetros de rede, "o maior impacto de sempre da infraestrutura da Altice Portugal".

"Apesar disso, as infraestruturas da rede central, rede móvel e TDT na zona geográfica de incidência dos incêndios encontram-se repostas, tendo essa reposição ocorrido num período de menos de duas semanas", refere a nota.

De acordo com a Altice Portugal, neste momento estão ainda 800 operacionais no terreno centrados nos trabalhos da rede local, "com especial incidência na rede fixa de acesso nas povoações mais remotas e isoladas, onde a rede desapareceu".

O comunicado adianta que "mais de 1.000 quilómetros de rede de cobre serão substituídos, em 22 concelhos dos distritos de Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Viseu e Leiria".

Salienta ainda que a maioria dos concelhos afetados "ficará com cobertura de fibra superior a 50%, permitindo que as populações tenham acesso a mais e melhores serviços e produtos de telecomunicações".

A Altice Portugal anunciou que o investimento na colocação de fibra ótica "nestes concelhos de baixa densidade populacional não irá findar após a reposição das comunicações no âmbito dos incêndios de 2017, mas sim continuar em 2018 com uma forte aposta nestes territórios, diminuindo assim as assimetrias regionais em Portugal".