“Estamos a avaliar os prejuízos, que são imensos, nomeadamente a destruição de casas de primeira habitação, dependências, aviários, explorações agrícolas, tratores, carros… Foi uma coisa dantesca”, afirmou o autarca à agência Lusa, lembrando que o incêndio provocou seis vítimas mortais no concelho.
Segundo Rui Ladeira, “o concelho todo foi completamente devastado, todas as freguesias foram atingidas”.
“Estamos preocupados com o realojamento das pessoas que perderam a sua primeira habitação, os prejuízos que tiveram e as centenas de postos de trabalho destruídos, porque arderam pequenas unidades de serralharias, carpintarias, aviários e até uma empresa de obras públicas”, contou.
O autarca disse que, apesar de a avaliação ainda estar a ser feita, haverá “pelo menos duas dezenas de famílias desalojadas”.
“Entre primeira habitação, arrecadações, arrumos, estamos a falar de centenas destruídos. Mais de uma centena de alfaias, tratores e maquinaria. Há pessoas que só ficaram com a roupa no corpo e isso deixa-nos destroçados”, afirmou.
São prioridades garantir a sanidade pública, “porque há muitos animais mortos”, restabelecer as tubagens de água para as habitações e a desobstruir as estradas, acrescentou.
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 41 mortos e cerca de 70 feridos além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas. Uma pessoa está ainda desaparecida.
O Governo decretou três dias de luto nacional, entre hoje e quinta-feira.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.
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