"[O levantamento] começou hoje a ser feito pelo pessoal da Câmara e em articulação com os serviços da Segurança Social da Guarda", disse Luís Tadeu.

Segundo o autarca, o levantamento terá que estar concluído "até quinta-feira". Por isso, garante que o município irá "tentar tudo por tudo" para cumprir o prazo.

O presidente da autarquia de Gouveia indicou ainda à Lusa que no processo também participam os presidentes das Juntas de Freguesia atingidas pelas chamas: Gouveia, Paços da Serra, Moimenta da Serra, Vinhó, Nespereira e Vila Nova de Tazem e Uniões de Freguesias de Aldeias/Mangualde da Serra, Melo/Nabais, Figueiró da Serra/Freixo da Serra, Folgosinho/Arcozelo e Rio Torto/Lagarinhos.

Como o concelho de Gouveia, situado na Serra da Estrela, tem um total de 16 freguesias e foram atingidas 11, o autarca admite que os incêndios queimaram "dois terços, ou mais", da sua área total.

Pelas contas de Luís Tadeu, as chamas destruíram "mais de mil hectares de área" do concelho de Gouveia, situando-se "a larga maioria" no perímetro do Parque Natural da Serra da Estrela.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 37 mortos e 70 feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, na primavera, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 vítimas mortais e mais de 200 feridos.

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