"Temos 29 pessoas feridas, entre as quais bombeiros, sendo que nove foram transportados para os Hospitais de Coimbra e os restantes receberam assistência no Centro de saúde de Oleiros", afirmou este autarca do distrito de Castelo Branco.

Fernando Marques Jorge adiantou que o incêndio continua com duas frentes ativas e que os meios disponíveis no terreno continuam a estar entregues aos bombeiros voluntários locais, apesar de o Plano Municipal de Emergência ter sido ativado hoje, às 09:00.

"Não há meios. Em termos oficiais, não há resposta ao pedido", frisou.

O autarca sublinhou que a única esperança passa pela chegada da chuva, o que ainda não aconteceu no concelho, e adiantou que os animais que não morreram na sequência do incêndio não têm alimento.

O incêndio que deflagrou às 12:02 na freguesia de Ermida e Figueiredo, concelho da Sertã, estendeu-se no final da tarde de domingo ao concelho de Oleiros.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 27 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 vítimas mortais e mais de 200 feridos.