"No âmbito da rede social, decidimos avançar com uma conta solidária de forma a concentrar todos esses recursos financeiros e concentrar todos esses apoios", disse à Lusa o presidente Gonçalo Rocha.

O incêndio que lavrou em Castelo de Paiva, no norte do distrito de Aveiro, no domingo à noite e na madrugada de segunda-feira, destruiu cerca de 80% da floresta do concelho e deixou desalojadas 14 famílias, cujas casas foram consumidas pelas chamas. O fogo destruiu ainda várias empresas e explorações agrícolas responsáveis por cerca de 200 postos de trabalho, segundo estima a autarquia.

O autarca afirmou que, desde segunda-feira, tem havido muitas manifestações de disponibilidade de apoio em termos financeiros de cidadãos e empresas, para ajudar "a minimizar os efeitos desastrosos desta tragédia".

"Sabemos que, nesta altura, começam a proliferar situações de pedidos que, em alguns casos, poderão estar associados a alguns abusos, que queremos evitar que aconteçam. Queremos conferir aqui uma certa organização a este processo", anotou.

Os apoios em alimentos e vestuário devem, entretanto, ser encaminhados para a loja social do concelho.

O autarca estima em "muitos milhões de euros" os prejuízos provocados pelo incêndio. Catorze famílias ficaram desalojadas e dezenas de casas devolutas também foram destruídas pelas chamas.

Gonçalo Rocha destaca, por outro lado, que a economia do concelho foi muito afetada. Várias empresas e explorações agrícolas foram total ou parcialmente destruídas, pondo em risco cerca de duas centenas de empregos.

"Temos o concelho devastado de uma ponta a outra", indicou, estimando que cerca de 80% da área florestal tenha sido consumida pelo fogo.

Em relação às famílias desalojadas, avançou à Lusa que já foi possível resolver o problema com recurso à rede de instituições do concelho, mas avisou que se trata de uma situação provisória.

"Essas famílias ficaram com a roupa que traziam no corpo. Estamos a acompanhar a par e passo e a dar todo o apoio disponível", declarou, falando de um concelho que está "solidário, junto e unido" para minorar o sofrimento das pessoas mais afetadas.

O autarca disse à Lusa que se vai reunir ainda hoje com o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares para tratar da situação atual no concelho e exortar o Governo para colocar no terreno, o mais rapidamente possível os meios necessários.

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