Na carta em que faz o pedido de audição, o CDS considerou ser de “extrema gravidade que seis meses depois do incêndio não esteja ainda construída nenhuma habitação” e continuem “por resolver os apoios aos agricultores e produtores florestais afetados”.

Por isso, os centristas consideram “urgente e imprescindível obter todos os esclarecimentos por parte do Governo”, citando, na carta enviada à comissão parlamentar de Agricultura e Mar, declarações dos dois ministros com troca de acusações com o presidente da câmara de Monchique.

A reconstrução das casas danificadas ou destruídas no grande incêndio de Monchique, há seis meses, permanece num impasse, havendo casos em que é obrigatório apresentar projetos de arquitetura, o que está a atrasar o processo.

Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Monchique reconhece que "o maior problema" é que o grau de destruição de algumas casas está a obrigar a ir além de uma simples reconstrução e a apresentar um conjunto de projetos, que depois ainda têm de ser submetidos a apreciação pelas entidades envolvidas.

Ao todo, o fogo, entre 03 e 10 de agosto, o maior de 2018, destruiu 74 casas, 30 das quais de primeira habitação, e mais de 27.000 hectares de floresta e de terrenos agrícolas. Só no concelho de Monchique arderam 16.700 hectares.