Os meios representam um reforço de 18% relativamente a 2017, disse hoje o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.
O dispositivo para este ano foi hoje aprovado, cabendo a Eduardo Cabrita, explicar o reforço, salientando que há 155 novos guardas florestais, quando não havia recrutamento de guardas florestais desde 2004, e que há neste verão um “reforço significativo do dispositivo de sapadores florestais”, e um reforço de meios aéreos, “contratado para quatro anos”.
A diretiva operacional nacional que estabelece o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) deste ano foi aprovada numa reunião da Comissão Nacional de Proteção Civil, realizada na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, no concelho de Oeiras.
A diretiva hoje aprovada, disse o ministro, vem no seguimento do trabalho dos últimos dois anos, que permitiu “uma redução de cerca de 45% do número de incêndios rurais” relativamente à média dos últimos 10 anos, e uma redução de cerca de 70% da área ardida, relativamente à mesma média.
No final da reunião o ministro salientou que o verão não pode ser adiado devido à covid-19 e que por isso o Governo procurou ter um melhor sistema no combate aos incêndios rurais, cuja operacionalização foi apresentada depois pelo presidente da ANEPC, José Manuel Duarte da Duarte Costa.
O responsável explicou que na fase mais critica de incêndios, de 01 de julho a 30 de setembro, vão estar empenhados 11.825 elementos, que passam para 9.804 na primeira quinzena de outubro. Na segunda quinzena de maio os operacionais são 8.402, passando a 9.492 em todo o mês de junho.
Face a 2019 este ano há mais 265 sapadores florestais, num total de 1875, e mais guardas florestais, além da Brigada de Proteção Ambiental da PSP, com 338 polícias, ou das 95 equipas que vão esta nas matas nacionais e áreas protegidas. Da rede nacional de postos e vigia fazem parte 230 torres e 920 vigias.
Duarte Costa disse que devido ao novo coronavírus, que provoca a covid-19, há dois corpos de bombeiros afetados mais seriamente, há 98 corpos com “alguns elementos em isolamento” e há 334 corpos de bombeiros a 100%.
A diretiva hoje aprovada, explicou, baseia-se na prevenção de comportamentos de risco, na rapidez em detetar os incêndios e também no seu ataque rápido. Nos últimos dois anos 94% dos incêndios foram vencidos no ataque inicial, salientou.
O responsável destacou também que 10 pelotões das Forças Armadas vão estar no dispositivo, quer para ações de rescaldo quer para ações de vigilância e dissuasão.
Além de maior flexibilidade na gestão do dispositivo, salientou Duarte Costa, de 01 de junho a 15 de outubro estão disponíveis 60 meios aéreos, incluindo mais meios médios e pesados. Do total de meios 16 são aviões anfíbios. O dispositivo, disse, permite cobrir todo o país.
Os números para este ano já tinham sido avançados na Assembleia da República pela secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar.
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