Naquele concelho do distrito de Coimbra, um dos mais afetados, o governante reuniu esta tarde com os presidentes das comunidades intermunicipais dos municípios afetados para explicar as medidas de apoio e garantiu o seu pagamento "tão rápido quanto possível".

Salientando que o Governo está a fazer um "esforço sem precedentes" em situações de catástrofe, Capoulas Santos disse que os prejuízos não estão contabilizados, mas vão "assumir algumas dezenas de milhões de euros".

Segundo o ministro da Agricultura, uma das medidas vai permitir aos muito pequenos agricultores, "independentemente da dimensão ou de terem registo de atividade", receber até 100% dos prejuízos até ao montante de 1.053 euros.

As candidaturas, adiantou, abrem no início da próxima semana e terminam no final do mês, envolvendo os autarcas de freguesia na confirmação dos prejuízos para agilizar o processo.

Os agricultores com prejuízos entre os 1.053 e os 5.000 também poderão ter uma comparticipação a 100% dos estragos, mas de 5.000 a 50.000 o apoio será efetuado a 85% do seu valor.

Entre 50.000 e até 400 mil euros, as medidas do Governo preveem uma comparticipação a 50% até ao limite de 200 mil euros.

O processo de candidaturas para estas duas medidas, que vão ser apoiados por fundos do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) e verbas nacionais, vai estar aberto até 15 de dezembro.

"Nós queremos períodos curtos para passar a pagar rapidamente, mas depois somos confrontados com pedido de prolongamento dos períodos", salientou o ministro da Agricultura.

O governante frisou ainda que, juntamente com estas medidas, o Governo está a distribuir alimentação para animais, tendo até à data de hoje já distribuído 1.003 toneladas.

Na próxima semana, adiantou, vai ser iniciada uma ajuda muito específica para a apicultura com a distribuição pelas organizações de apicultores 70 toneladas de açúcar para que possa ser produzido melaço, que constitui o alimento alternativo das abelhas enquanto não existir flora.

Confrontado com o facto das medidas não chegarem para repor muitos investimentos perdidos, Capoulas Santos disse que o Governo está a "a ir tão longe quanto possível e quanto as disponibilidades e a regulamentação nacional e comunitária nos permite".

"É uma ajuda importante, mas naturalmente será sempre insuficiente", sublinhou.