Nas previsões meteorológicas para os próximos dias “o que temos é um quadro de verão típico”, disse hoje a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, Oeiras, após uma reunião por videoconferência com membros de várias áreas governativas para avaliar as condições meteorológicas e o risco de incêndio.
Da reunião, disse, concluiu-se que “não há necessidade de emitir nenhum tipo de alerta do ponto de vista político, e portanto a situação vigente, e prevista para próximos dias, está enquadrada naquilo que são os instrumentos ao dispor da ANEPC e do restante dispositivo, quer do ponto de vista da situação operacional quer da resposta”.
Patrícia Gaspar lembrou que algumas zonas do país, sobretudo no interior norte e centro, têm concelhos com risco elevado de incêndio, com a zona litoral e sul em situação menos gravosa, e alertou que se mantém em quase todo o país uma “situação de seca muito complicada”, pelo que os portugueses devem manter uma “adequação de comportamentos” sobretudo em espaços rurais e florestais.
A 26 de julho, numa reunião idêntica, o Governo já tinha tomado a mesma decisão de não voltar a ativar a situação de alerta.
Após a reunião de hoje em Carnaxide o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, disse aos jornalistas que até cerca das 19:00 de hoje tinham-se registado 55 incêndios, contra 89 na terça-feira e 113 na segunda-feira.
André Fernandes disse que se mantém até quinta-feira o estado de alerta especial de nível vermelho nos distritos de Vila Real, Bragança, Guarda e Viseu.
Mas salientou que na quinta-feira haverá uma reavaliação desse estado de alerta, o mesmo acontecendo com os distritos em estado de alerta laranja e amarelo (menos gravosos). É natural, disse, que haja “alguma desgraduação daquilo que é o nível de alerta nos diferentes distritos”.
André Fernandes referiu no entanto que os distritos de Bragança e Guarda merecem mais atenção, por serem os que mantém “mais desfavoráveis” as condições para incêndios, com elevadas temperaturas, vento forte e baixa humidade.
O comandante lembrou as restrições no uso de maquinaria ou do fogo em municípios com risco muito elevado e máximo de incêndio, e pediu especial cuidado com o fogo de artificio, muito usado em tempo de festas.
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