“Com base na declaração de alerta face à avaliação das condições meteorológicas desta semana, o ministro da Defesa assinou ainda ontem [segunda-feira] o despacho que permite a realização de ajustes diretos para 16 meios aéreos”, disse Eduardo Cabrita na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.
O ministro respondia aos deputados do PSD Marques Guedes e Duarte Marques, que acusaram o Governo de ter voltado “a falhar na contratação atempada de meios aéreos” de combate aos fogos.
O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) previa para esta altura do ano 38 meios aéreos disponíveis, mas só 21 estão operacionais, incluindo um helicóptero da Força Aérea que será ativado em caso de necessidade para coordenação aérea.
A partir de 1 de junho, o DECIR é reforçado, estando previstos 60 meios aéreos.
Aos deputados, o ministro sublinhou que, neste momento, há “mais meios aéreos em operação” do que nos anos anteriores.
“Tal como no ano passado, sempre disse que recorríamos aos meios que fossem necessários para garantir a resposta efetiva às necessidades de segurança”, disse, recordando que em 2018 foram feitos oito ajustes diretos.
Eduardo Cabrita frisou que a situação atual dos meios aéreos é uma herança do Governo anterior, sustentando que, “pondo em causa a segurança dos portugueses, privatizou a empresa de meios aéreos e a resposta”.
“Estamos a pagar o custo da decisão do Governo anterior de privatizar a resposta na gestão dos meios aéreos”, precisou.
Segundo o ministro, Portugal “só terá a resposta plena” quando voltar a ter uma “resposta essencialmente pública” e assegurada pela Força Aérea, estando neste momento numa fase de transição.
[Notícia atualizada às 18:01]
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